As férias acabaram mas os baixos ainda não. Chegamos em casa felizes porque ainda era cedo e teríamos o final de semana inteiro pela frente. Infelizmente, ao abrirmos a porta, percebemos que algo estava errado. Sim, nossa casa havia sido revirada. Sim, alguém esteve lá entre sábado passado e sexta de madrugada, arrebentou a porta da cozinha, vasculhou um pouco da sala, da cozinha, muito do meu quarto, do quartinho de bagunça e do quarto de hóspedes. Levaram - até a última checagem - meu celular pessoal e um dinheiro que minha mãe havia me dado. Não deixaram impressões digitais e o pouco das pegadas que deixaram não serve pra nada. Deixaram bagunça e uma sensação de impotência pra trás. E muita raiva.
Já havia cantado essa bola aqui em casa e estava com uma sensaçāo horrorosa de que isso poderia acontecer. Pela primeira vez estava saindo de férias mega angustiada. Cheguei a pensar que o incidente do passaporte era um aviso.
Antes que os amiguinhos achem que levo jeito pra mãe Dinah ou venham falar que "pensamento negativo atrai essa coisas", já aviso logo: minha angustia e "pensamento negativo" tinham razão de existir. Teve uma onda de assaltos a casas (vazias) aqui na região desde que o verão começou. Veja bem, moro aqui há dez anos e isso nunca aconteceu, MAS nunca morei num bairro tão família e voltado para atividades escolares como esse. E também é a nossa primeira vez fazendo parte das familias que saem de ferias junto com periodo escolar. Isso facilita muito a vida do ladrão. A gente nunca foi de paranóia em relação à excesso de segurança na casa. A gente tranca portas e janelas, mas nunca trancou gavetas, portas e escondeu computadores. Começo muita gente que tem uma rotina diária de check up de segurança que faz parecer que morem no Brasil, onde isso é mais do que esperado (nunca aconteceu comigo enquanto morava lá, vale mencionar).
Essa minha angústia pré-viagem me fez esconder computadores e ipad, mas não tive tempo de pensar melhor em outras medidas. Falei muito com marido sobre opções de alarmes, de trocar porta da frente, de não deixar extrato bancário à mostra, mas não pensei no quão frágil a parte traseira das casas daqui são.
A gente deu uma certa sorte em relação ao que foi roubado, mas estou escrevendo esse post às duss da manhã porque, embora esteja exausta de uma noite em claro, estou tendo crise de pânico. A sensação de estar sendo vigiada é angustiante. A idéia de que ele (eles?) vão voltar pra terminar o trabalho, de que ele (eles?) sabem da nossa vida, onde eu trabalho, onde temos conta bancária e onde minha filha estuda me aterroriza. É um misto de terror e raiva. Me sinto exposta e vulnerável mas ao mesmo tempo sinto vontade de fazer plantão lá fora pra ver se pego esse sujeito. Porque talvez ele não volte aqui, mas está sim vigiando a rua, a vizinhança e planejando o próximo ataque. Como não posso fazer nada, só me resta torcer para que uma raposa o engula (*) enquanto ele fica de butuca checando os passos da próxima vítima.
Já havia cantado essa bola aqui em casa e estava com uma sensaçāo horrorosa de que isso poderia acontecer. Pela primeira vez estava saindo de férias mega angustiada. Cheguei a pensar que o incidente do passaporte era um aviso.
Antes que os amiguinhos achem que levo jeito pra mãe Dinah ou venham falar que "pensamento negativo atrai essa coisas", já aviso logo: minha angustia e "pensamento negativo" tinham razão de existir. Teve uma onda de assaltos a casas (vazias) aqui na região desde que o verão começou. Veja bem, moro aqui há dez anos e isso nunca aconteceu, MAS nunca morei num bairro tão família e voltado para atividades escolares como esse. E também é a nossa primeira vez fazendo parte das familias que saem de ferias junto com periodo escolar. Isso facilita muito a vida do ladrão. A gente nunca foi de paranóia em relação à excesso de segurança na casa. A gente tranca portas e janelas, mas nunca trancou gavetas, portas e escondeu computadores. Começo muita gente que tem uma rotina diária de check up de segurança que faz parecer que morem no Brasil, onde isso é mais do que esperado (nunca aconteceu comigo enquanto morava lá, vale mencionar).
Essa minha angústia pré-viagem me fez esconder computadores e ipad, mas não tive tempo de pensar melhor em outras medidas. Falei muito com marido sobre opções de alarmes, de trocar porta da frente, de não deixar extrato bancário à mostra, mas não pensei no quão frágil a parte traseira das casas daqui são.
A gente deu uma certa sorte em relação ao que foi roubado, mas estou escrevendo esse post às duss da manhã porque, embora esteja exausta de uma noite em claro, estou tendo crise de pânico. A sensação de estar sendo vigiada é angustiante. A idéia de que ele (eles?) vão voltar pra terminar o trabalho, de que ele (eles?) sabem da nossa vida, onde eu trabalho, onde temos conta bancária e onde minha filha estuda me aterroriza. É um misto de terror e raiva. Me sinto exposta e vulnerável mas ao mesmo tempo sinto vontade de fazer plantão lá fora pra ver se pego esse sujeito. Porque talvez ele não volte aqui, mas está sim vigiando a rua, a vizinhança e planejando o próximo ataque. Como não posso fazer nada, só me resta torcer para que uma raposa o engula (*) enquanto ele fica de butuca checando os passos da próxima vítima.