tag:blogger.com,1999:blog-227163992024-03-14T03:46:54.415+00:00The sky is gray... againDiario de uma garota que veio ao mundo a passeioChrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.comBlogger775125tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-71351360386664395222018-01-08T21:53:00.000+00:002018-01-08T21:53:15.370+00:00Resoluções mais modestas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Uma das minhas resoluções de final de ano é hidratar o corpo, através de creme depois do banho e ingestão de água. Tranquilo, né? Não pra mim, é uma mudança e tanto de hábito. Já tentei e falhei muitas vezes. Semana passada mesmo: passei dois dias sem tomar um copo d'água sequer. Passar creme no corpo é ainda mais difícil, porque não gosto da sensação na hora, tenho preguiça, pressa de acabar logo e fazer outra coisa.<div>
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Uma outra pequena mudança é tomar minha vitamina D regularmente. Há dois anos, tive deficiência de vitamina D, tive que tomar uma quantidade bem mais alta do que o normal, e quando tudo se estabilizou, a médica disse que bastava tomar a quantidade diária pro resto da vida. Claro que tomava dia sim, três dias não. Estou com insuficiência, o que é melhor do que deficiência, mas mesmo assim levou um mês pra comprar o raio da vitamina certa. Comecei ontem. </div>
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2018 vai ser um ano mais simples. Pequenas mudanças, pequenos planos, mas quem sabe grandes resultados, né?</div>
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Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-69150726433950218412018-01-04T19:42:00.000+00:002018-01-04T19:42:06.810+00:00Reflexões de 2017<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Post anterior eu disse que 2017 não foi um ano ruim. Não foi, mas não foi especial também. Parte tem a ver com o assunto do post anterior também: a dificuldade de me deslumbrar com as coisas. (e a dificuldade de adotar a hashtag gratidão, que me dá uma gastura sem fim).<br />
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Vejamos... 2017 teve meu antigo trabalho me chamando de volta. Eu saí do meu cargo em fevereiro de 2016, fiquei 4 meses "desempregada" (ou empregada do lar) e, em junho, me chamaram para fazer <i>freela</i> porque a menina que ficou no meu lugar pediu demissão (percebe, né?). Fiquei de julho 2016 até fevereiro 2017 trabalhando 3 dias na semana, sendo que um de casa. Paraíso na terra, meu povo, isso sim é vida, ainda mais que eu ganhava mais do que o salário anterior, pra fazer a mesma coisa. A única parte ruim é que nos dois dias off, ao invés de fazer algo pra mim (atividade física, curso, massagem, meditação, lavagem cerebral com as séries da Netflix), eu fazia coisas pra família (não sou dessas que faz por prazer não, foi obrigação e sentimento de culpa mesmo). Mas abafa. Então, no dia 1o de março de 2017 voltei a trabalhar full time, ganhando a tão esperada promoção (5 anos tentando!), mas num esquema muito pior, que só percebi mais tarde. Mas abafa (parte 2).<br />
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2017 também foi o ano da primeira viagem de férias sem as crianças (já viajei algumas vezes a trabalho). Foi legal, pensei bastante nelas (sem muitas saudades), e sim, quero fazer mais vezes.<br />
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E também fui a Las Vegas pela primeira vez, a trabalho. Não detestei o lugar, mas também não amei (velhice...). Mas foi o melhor "momento trabalho" do ano, o time estava mais relax, menos chato, implicante, bizarro. Foi uma feira de licenciamento, que tem uma em Londres também - eu tenho pavor da de Londres, detesto mesmo, mas gostei bastante da de Las Vegas.<br />
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Em termos de férias, em fevereiro, um pouco antes de começar meu contrato permanente, a gente levou as meninas num cruzeiro da Disney, saindo por Miami, graças a uns vouchers que ganhamos da American Airlines (passagem de graça). E voltamos recentemente de Natal e Ano Novo em Dubai. Ainda passamos rapidamente por Belfast, um final de semana longo, antes das aulas recomeçarem em setembro.<br />
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2017 foi o ano dos 40. O povo adora dizer que a vida começa aos 40, que os 40 são os novos 30, mas como eu gosto de nadar contra a corrente, pra mim os 40 estão sendo o começo do fim. Culpa minha, claro, que nunca cuidei de mim (menos desde que vim morar na Inglaterra; no Brasil achava bem mais fácil), então não dá pra culpar a idade pelas dores, pela dificuldade de levantar quando me sento no chão, pelo cansaço eterno, pelo aumento gradativo de peso que chegou na obesidade (com direito a puxão de orelha da enfermeira que fez o check up), pela memória que está indo embora, pela flacidez,... Mas tudo isso sem crise. É só observação mesmo, do estilo "o céu está azul", "o trem está atrasado", "estou com fome". Às vezes quero fazer algo pra mudar/melhorar; às vezes me irrito, fico com raiva; às vezes só observo mesmo.<br />
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2017 também teve suas dificuldades. Mas isso é assunto pra outro post, porque minhas duas estão no meu pescoço e isso me irrita profundamente (papagaio de pirata quando estou escrevendo, mesmo que não entendam o conteúdo).<br />
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Hora de dar tchau e botá-las pra dormir!</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-12930693299715138382018-01-03T19:15:00.001+00:002018-01-03T19:15:13.794+00:00Feliz 2018!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Feliz 2018 a todos que ainda passam por aqui (talvez apenas euzinha...)!<br />
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2017 não foi um ano ruim, foi um ano ok. Há uns meses estava conversando com um amigo que a idade não está me trazendo muita sabedoria não, está é me deixando meio cética e apática. Nem sei se a escolha de palavras é correta (a conversa foi em inglês), mas basicamente quis dizer que não foi mais facilmente impressionável.<br />
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A conversa se deu no Japão. Um país incrível, um lugar que queria conhecer há anos. Um país que NÃO me deixou boquiaberta como eu esperava. Minha expectativa era alta demais? Talvez. Mas também pudesse ser que com esse mundo globalizado, onde informação está disponível num clique, o elemento surpresa meio que acabou. Também acho que no caso do Japão, li relatos super positivos e quando cheguei lá, não tive a mesma reação que as pessoas tiveram. Questão de gosto. Mas o Japão é bem legal, vai com fé.<br />
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Voltamos ontem de Dubai. Já tinha passado dois dias lá a trabalho, mas tinha visto muito pouco do local. De novo, li relatos de "que praia maravilhosa", "que marina deslumbrante". Achei tudo legal, mas nada maravilhoso ou deslumbrante. O que não significa que eu não tenha gostado, ok? Porque inverno com 25 graus é maravilhoso e deslumbrante sim. E nosso hotel foi legal (embora longe das atrações turísticas), quarto mega espaçoso, vista bacana, serviço legal. Dubai é uma cidade carinha, e agora que eles implementaram o VAT (taxa sobre serviço e produtos, de 5%), ficou ainda mais salgado. Fomos por 9 dias, mas uma semana teria sido o suficiente (com criança). As meninas gostaram, mas depois de uma semana, já falavam que estavam com saudades de casa, que não queriam mais praia, que estava frio na sombra, a água tem gosto esquisito, etc. Ou seja, começa a pentelhação que estraga qualquer viagem.<br />
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Ainda assim, a busca pelo deslumbramento continua. Ainda em Dubai, estava procurando o próximo destino. Uma das minhas resoluções para 2018 é visitar dois países novos. Pode ser logo ali (Holanda) ou lá longe (Austrália), mas como tem que caber no orçamento, bem provável de que será logo ali. Aceito sugestões!<br />
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Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-23681695615106387042017-12-12T18:29:00.002+00:002017-12-12T18:29:31.430+00:00Quase um ano se passou....<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Só pra não deixar o blog morrer, um post de fim de ano. Nem vou falar que a vida anda corrida, porque é o caso de todo mundo e um monte de gente consegue atualizar os blogs da vida. É mais uma questão de prioridade.<br />
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Eu adoro escrever e escrever funciona como uma terapia pra mim, mas escrever em blog significa me censurar demais, porque não quero expor várias coisas que acontecem na minha vida. E as coisas que posso expor, não me interessam. haha Quantos posts sobre o frio na Inglaterra a pessoa aguenta escrever?<br />
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Mas vou escrever assim mesmo. Eu detesto o inverno daqui. O frio, a escuridão... detesto tudo que vem com ele. E a neve, é tão linda, você não curte? Não. A neve daqui é ridícula, dura horas, é mais gelo do que neve, vira lama, só serve pra atrapalhar a ida ao trabalho. Ontem mesmo, tive que ir ao trabalho de manhã pra uma reunião - a ida foi tranquila, achei que a volta também seria porque eu sairia na hora do almoço. Chego na estação, TODOS os trens atrasados ou cancelados. E taca de procurar alternativas pra voltar pra perto de casa e pegar um taxi ou marido me buscar. Era a 1a apresentação de Natal da caçula e eu não queria perder de jeito nenhum. TODOS OS TRENS PRA QUALQUER LUGAR REMOTAMENTE PERTO DE CASA CANCELADOS OU ATRASADOS. A vontade era de sentar e chorar. Não chorei por pouco, porque precisava dos meus olhos sem lágrimas pra continuar procurando alternativas. Respirei fundo mil vezes. Até que um único trem foi colocado em circulação. UM. E consegui chegar a tempo. E tive muita sorte, porque o povo do trabalho passou um perrengue do cão.<br />
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Eis que eu tô tentando "me curar" desse tormento anual que é a Seasonal Affective Disorder (SAD) que me consome de outubro a março (às vezes mais). Usando a tal lâmpada (que me dá mais dor de cabeça do que ânimo), tomando vitamina D, tentando fazer exercícios (já já tô indo), até fazendo terapia. A única coisa que ainda não rolou foi aumentar a carga de exercícios para ser mais constante e puxado e apelar pro anti-depressivo. Ah, e mudar alimentação, porque só a ideia de virar "natureba" me deixa irritadíssima. O nível do SAD é tamanho que eu me irrito meditando. Me irrito praticando mindfulness. Me irrito caminhando. Me irrito até dormindo.<br />
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"Mas porque você não se muda desse lugar que te faz tão mal?", escuto vozes perguntando. É complicado, mega complicado... </div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-68162069916553041612017-01-05T22:38:00.000+00:002017-01-05T22:38:09.308+00:00Feliz ano novo!!!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Afe maria, 6 meses sem atualizar isso daqui, fala sério. Mas ó, eu realmente tô ficando velha, sem assunto e com cérebro meio cansado. Escrever dá trabalho. :-)<br />
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Na verdade só entrei aqui porque ando recebendo mensagens em posts muito antigos e como as pessoas não deixam emails, eu não tenho como responder por email, apenas por comentários. Pessoas, deixem contato aqui que eu respondo por email, tá? Mais rápido, acho eu.<br />
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Pessoas fofas que caem de para-quedas aqui por causa do Chevening, fiz um post há tempos sobre minhas experiência, ofereci de dividir a carta de recomendação com quem pedisse (e nossa, muitos emails!). Quem tá vindo? Quem conseguiu a bolsa? Dá um feedback aqui.<br />
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O esquema da bolsa mudou muito desde a minha época, então não sei nem se minhas dicas ajudam muito. Não sei se a quantidade de bolsas aumentou ou diminuiu, se ficou mais fácil ou difícil, mas imagino que a concorrência seja grande, com tanta gente querendo sair do Brasil.<br />
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Não sei também se as coisas vão mudar com o Brexit, mas imagino que a curto prazo tudo fique na mesma. Não posso responder por todos, mas desde que saiu o resultado do Brexit, a empresa onde trabalho congelou a contratação de pessoas novas. Eu pedi demissão e saí do trabalho em fevereiro, minha substituta saiu 3 meses depois e não conseguiram contratar ninguém pra vaga. Por conta disso, fui chamada de volta, mas como freelancer, 3 dias na semana, super conveniente. Fiquei nessa por 6 meses, o ano acabou, as contratações reabriram, mas de uma maneira meio... tosca. Primeiro fizeram uma cambada de gente redundante, mudaram alguns cargos, mexeram daqui e dali, e me chamaram de volta, como permanente. Várias outras empresas mandaram gente embora no final do ano também. Ou seja, 2017 começando estranho pra muita gente. Mas muita gente também trabalhando de freela, que pode ser bem legal.<br />
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Em setembro minha caçulinha vai pra escola. Sabem o que isso significa? Que ela está uma mocinha? Também, mas também que as despesas vão diminuir. Não acabam de vez, porque escola aqui é das 9h as 15h, então fora desse horário alguém tem que tomar conta das meninas então os pais delas trabalham, certo? E ainda teremos 17 semanas de férias escolares no ano contra 5 no trabalho. Então, nem tudo são flores, mas as coisas podem melhorar.<br />
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2017 também é o ano que entro nos "enta". Tanto eu quanto marido, e sim, rola um certo, mmmm, medinho não é a palavra. Medinho surgiu depois que comecei a pagar minhas contas. hahaha Chegar aos 40 é surreal. Porque não muda nada, mas muda tudo. Como mudou sair da adolescência para a fase adulta, como mudou entrar nos 30 e passar dos 35. Uma coisa que começou há uns 2-3 anos (ou talvez com o nascimento da primogênita, aumentando gradativamente) foram as dores. Dores nas juntas, nos ossos, nas costas, dores de cabeça, nos dentes, na alma... tudo dói, algumas partes constantemente, outras esporadicamente. Ah, e a visão também tá piorando.<br />
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Esse ano comecei sem resoluções, sem planos, sem nada. Porque meus planos mudaram no ano passado, então os planos desse ano vão ter que ser readaptados. O que tudo bem, né? A vida é isso aí, adapta daqui e dali e vamos vivendo. Só sei que deixei os planos de lado um pouco, porque não tô com cabeça.<br />
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Tem uma coisa boa vindo aí: nosso primeiro cruzeiro. Sempre tive meio preconceito em relação a cruzeiro, essa coisa de ficar presa no mar, sem poder "ir embora", mas depois que comecei a ler a respeito, me empolguei. O único motivo pelo qual resolvemos ir foi a passagem pra Miami que saiu de graça por conta de um voucher da American Airlines que ganhamos em abril. Cruzeiro é uma parada mega cara, então não ter que pagar a passagem ajuda bastante para uma família de quatro pessoas pagantes, né? Sabe qual é a parte que mais me anima nisso tudo? A pequena estar na idade de ir pros clubes e eu poder ter um momento de férias de verdade, enquanto elas se divertem também. Sempre tive meio pavor de férias com clubes pra crianças, achando que eu estaria largando as meninas pra lá pra me divertir... mas em alguns momentos, elas pediram encarecidamente para ir pros clubes, etc, e não só ficaram super bem, como não queriam sair. Imagina um clube num cruzeiro da Disney?? Óbvio que se elas não quiserem ficar, tudo bem também, não vou forçar, mas há esperança.<br />
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Então, meus caros, 2017 é isso. Curtindo o momento, o aqui e agora, fazendo pequenas mudanças aqui e ali. Sem stress.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-19078193923679615232016-06-25T10:57:00.000+01:002016-06-25T16:31:36.871+01:00O que Brexit significa pra MIM<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Então... o Reino Unido votou para sair da União Européia. Voto apertado, 52% contra 48%, o OUT ganhou na Inglaterra e no País de Gales, mas perdeu na Irlanda do Norte e na Escócia. Embora falem que na Escócia uma massa esmagadora votou pra ficar na UE, foram 62% da população. Isso é maioria, mas não é massa esmagadora; quase 40% é gente pra cacete querendo sair. Aqui no meu Borough foram 50.4% In e 49.6% Out, uma diferença quase irrelevante.<br />
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Grande parte dos meus amigos e conhecidos brasileiros estão bem chateados, porque pra eles isso é uma mensagem pessoal de que eles não são bem-vindos aqui. Nem todo mundo que votou Out foi por causa da imigração, mas a campanha em torno do Out foi em grande parte baseada no "problema da imigração". Um outro amigo britânico fez uma analogia entre In (sorvete de creme, sem graça, mas que serve o propósito de adoçar, matar a vontade de sorvete e oferece possibilidades de cobertura, receitas, etc) e Out (uma caixa com uma surpresa dentro, que pode ser sorvete de creme, de chocolate, ou um pedaço de carvão).<br />
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Aqui vai minha opinião pessoal, de como estou vendo isso tudo de um ponto de vista meu, apenas meu, ignorante de conhecimentos econômicos, políticos, psicológicos.<br />
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Votei In. Meu marido votou In. Vim pra cá com visto de estudante, através de uma bolsa dada pelo governo inglês para países - até onde sei - que não fazem parte da União Européia. Através do meu visto de 18 meses de estudante, tive acesso ao NHS completamente de graça. Para morar aqui, no entanto, tive que tirar minha cidadania portuguesa (meus avós maternos eram portugueses). Hoje eu tenho a cidadania britânica. Meu marido veio pra cá com visto de trabalho e tirou a cidadania britânica antes da Romênia entrar na UE. Meus vários motivos para estar In incluem gostar da liberdade de ir e vir, da opção de me mudar pra Portugal, Itália, Alemanha, Grécia, etc. Vejam bem, alguns desses países não estão bem das pernas, mas pra quem tem um business online (ainda não é o meu caso, mas estávamos trabalhando nisso) isso não importa muito; a possibilidade das minhas filhas estudarem em outros países, conhecerem outras culturas, etc, sem ter que passar pela trabalheira de vistos e afins; achar que a UE não funciona direito, mas que é melhor consertar um brinquedo bom que quebrou do que jogar fora e comprar outro - que sabe-se lá quanto tempo vai funcionar até quebrar de novo. No meu antigo emprego, estar a UE era importantíssimo para o negócio e não impedia que negociássemos com outros países. E finalmente, acho que no atual momento do mundo, a gente tem mais é que se unir e colaborar, ao invés de dividir e segregar.<br />
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Não vou negar que estar fora da União Européia me causou um certo choque e medo do futuro. Ainda não sabemos a extensão desta decisão e ainda deve levar 2 anos até que tudo seja definido. Em dois anos muita coisa pode mudar (do jeito que vai, podem até cancelar essa coisa toda e mandar a democracia pra casa do cacete e continuar de onde paramos). Do nosso (aqui de casa, total meu umbigo) ponto de vista, ainda não sei o que muda a médio e longo prazo, mas pra ser sincera, acho que não vai ser nada tão preocupante como para muitas outras pessoas.<br />
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Estou ofendida e me sentindo rejeitada com essa votação? Sinceramente? Não. Explico. Ao contrário de muitas pessoas, eu nunca me senti 100% bem-vinda. Quando vim pra cá, estava em contato com um grupo do Orkut que supostamente integrava justamente estrangeiros, justamente por ser difícil conhecer gente e fazer amigos. O grupo era liderado por um escocês e meu marido também fazia parte. O grupo era ótimo, mas não vou negar, muitos estavam nele pra achar um/a parceiro/a. E inclusive ouvi que as brasileiras eram as mais fáceis.<br />
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Meu primeiro emprego permanente aqui na Inglaterra foi numa empresa americana, dirigida por britânicos, com grande parte da programação dirigida ao povo daqui, etc. Eles gostavam de dizer pelos corredores que a cultura era britânica e que era pra crianças britânicas. Em várias situações, alguns colegas de trabalho faziam questão de dizer que não estavam interessados em conhecer gente nova, que os amigos deles eram os de faculdade e pra que perder tempo conhecendo gente nova? Em uma festa anual da empresa, ao anunciar as pessoas que saíram da empresa naquele ano, o presidente chegou numa brasileira que trocou a nossa empresa pela concorrente, ele mandou um "ah, só podia ser brasileira; brasileiro não gosta de trabalhar, são todos preguiçosos". O cara é inglês, nunca morou no Brasil e a empresa não tem histórico de contratar brasileiros. O RH tirou o microfone do cara e ficou por isso mesmo - nem um pedido de desculpas, nada.<br />
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Meu último emprego foi numa empresa britânica, no meu departamento éramos 15 pessoas, 3 estrangeiros: eu do EU, uma do Caribe morando aqui há 30 anos e a estagiária irlandesa. Quando eu saí, fui substituída por outra britânica. O departamento ao qual o meu fazia parte era um departamento international, então a quantidade de estrangeiros era bem maior, aliás, estrangeiros são bem-vindos, 2a, 3a, 4a línguas são necessárias. Mas a quantidade de estrangeiros em cargo de chefia era bem pequena. Coincidência? Xenofobismo? Eu saí porque depois de quatro anos lá não consegui ser promovida, inclusive foi "sugestão" do RH ("quando a gente tenta e não consegue, melhor tentar ir para outro lugar mesmo. Muita gente volta em posição acima, porque só assim pra verem que a pessoa faz falta"). Pessoalmente acho que foi um tiquinho de tudo, adicionado a uma bela dose de incompetência e falta de visão da chefia. Não porque foi comigo não, mas por acontecer em toda a empresa, de deixarem bons funcionários irem e promoverem as pessoas erradas. Não acho que aconteça em todas as empresas, em todos os setores, com todo mundo, foi apenas o que eu vi na minha empresa.<br />
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Moro aqui há pouco mais de 10 anos, trabalhei numas 6-7 empresas diferentes, principalmente como temporária, e a minha impressão maior é que Londres é "inclusiva" porque as pessoas estão cagando pra você. Não que elas curtam essa diversidade, essa explosão cultural... não, elas estão ocupadas demais com a própria vida, com os próprios problemas, com que horas o pub fecha, para dar a mínima pra quem vem e quem vai. Ok, isso é bem generalizado. Fiz grandes amigos britânicos, pessoas queridas e interessadas em pessoas, não em pub-buddies, ou relações superficiais no trabalho. Mas como uma people-watcher profissional que me tornei, percebi sim que as pessoas não querem contato. E ainda arrisco que isso é no geral, não só em relação a estrangeiros não.<br />
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Quando vim pra cá, viajamos bastante pela Inglaterra e sempre encontrei pessoas muito mais receptivas do que em Londres. Claro, eu era "turista", estava a passeio, não estava morando lá. Então talvez por isso, eles me viam como um alien, alguém pra perguntar coisas, descobrir novas culturas, e depois dar tchau. Então, como disse, essa é a MINHA experiência, de nunca ter sido 100% incluída, de nunca ter visto a Inglaterra como esse lugar multicultural onde todo mundo é aceito. Ao contrário: pra mim, você só é aceito, porque as pessoas não dão a mínima, desde que você não atrapalhe o caminho deles. (Com excessões, claro)<br />
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Então nesse sentido do "racismo", o resultado do referendo não me chocou. Todo mundo diz que Londres voltou In, mas de novo, 40% da população votou Out. 40% pessoas. Quarenta.<br />
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Muita gente diz que não foi a questão da imigração que fez optarem pelo Out. Muita gente me disse que é legal mudar - se não está bom do jeito que está, tem que mudar, mesmo que a mudança seja o desconhecido. Acho válida a explicação, mas claro que quando é uma mudança que segrega, que separa, que exclui... tem gente que diz que na verdade nada muda no campo da imigração: só teremos imigrantes mais diversos, ou seja, né? Mas só o tempo dirá.<br />
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Meu grande medo em relação a tudo isso é quem entra no poder daqui pra frente. Será que é o prenúncio de UKIP no poder? Ou de políticos com mente parecida? É um aviso que Donald Trump vem aí pra completar o coreto? Será que agora vai rolar um monte de maluquinho matando estrangeiros por aí. Meu grande medo é olho-por-olho... muita gente já diz que se a Inglaterra sair, a Europa não vai querer que ela seja bem sucedida, para começar o "eu te disse". Esse sentimento de "você me rejeitou, agora se ferra aí sozinho" não me agrada, porque só gera mais raiva, mais rancor, mais segregações. Esse papo de vamos separar a Escócia, a Irlanda do Norte, Londres... a mesma coisa. Acho que agora é hora de parar pra pensar no que deu errado e tentar consertar.<br />
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O que deu errado? Nós vivemos numa bolha e esquecemos de olhar para os lados. Olha a gente fazendo exatamente o que acabei de falar que o ingleses fazem: olham, mas não vêem, não se importam. Como pudemos ignorar 50% da população que não quer essa situação? Como pudemos ignorar os sinais de que a coisa não estava bem? E agora estamos culpando as pessoas "ignorantes e sem instrução", os "working class". Essas pessoas, aos nossos olhos, nem existiam. Para nós, eles estavam tão felizes quanto a gente. Ok, nós = eu, porque eu realmente não sabia que a coisa estava nesse nível. Agora pipocam matérias sobre as pessoas que se arrependeram de ter votado Out, que era uma forma de protesto, que eles acharam que o voto deles não contaria. Olha isso, as pessoas estão com síndrome do filho rejeitado - não conseguem atenção dos pais, então fazem "merda" para ver se assim vai.<br />
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Vale um parágrafo pra dizer que sim, o povo não estava preparado para uma decisão dessas. Muita gente votando sem nem saber o porque, ou por causa de falsas promessas (£350 milhões por semana voltando pros nossos bolsos, sendo que esse número nem existe), muita gente nem votando - quase 30% da população. O governo fez uma bela cagada ao deixar essa decisão na mão do povo britânico. Era obrigação deles, e eles escolheram jogar o peso da decisão na mão do povo (um povo que claramente o governo não conhece).<br />
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Sim, tenho medo pelo futuro das minhas filhas, vai vou falar que eu já tinha medo antes. Medo da violência extremista, medo da violência contra mulheres, medo de crises financeiras que já passaram por aqui, medo delas serem infelizes, medo delas terem mente pequena e serem cheias de preconceitos, medo delas sofrerem bullying, medo delas se tornarem bullies. Mas não estou apavorada. Ainda não, não até saber a extensão do problema, não porque ainda tenho vontade de fazer funcionar, ainda tenho forças para brigar. A gente tem que aprender com os erros e não ficarmos acuados e viver numa bolha. Aliás, está na hora de estourar essa bolha e tentar entender o mundo ao redor. E não deixar o medo tomar conta, porque é isso que eles querem!</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-4480541878375968692016-03-14T14:11:00.000+00:002017-01-05T22:50:11.248+00:00E a babá, né?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Tenho acompanhado os protestos no Brasil via Facebook, um pouco chocada com certas opiniões, um pouco orgulhosa de outras, em cima do muro em alguns casos.<br />
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Coisas que me chocam são opiniões dadas a deus dará, sem nenhuma reflexão antes de apertar o enviar. "Pobre sabe que depende da elite pra sobreviver, tem mais é que agradecer", "só quem não protestou é petista", "só quem protestou é <i>coxinha</i>, Tucanalha, eleitor do Aécio", "o Brasil está de saco cheio do PT". Nem sei porque essas coisas me chocam, porque desde que o mundo é mundo, o homem sempre foi um ser egoísta, egocêntrico e dono da verdade. Eu, tu, eles, todos nós sabemos o que é melhor pro mundo, desde que o mundo seja o nosso umbigo. Mas eu me choco sim, porque sei que tem muita gente boa, honesta e bacana nesse mundo, e infelizmente essas pessoas se pronunciam pouco ou, felizmente, estão ocupadas fazendo algo que preste na vida, ao invés de vomitar bizarrices nas redes sociais.<br />
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Antes de mais nada, não sou da direita. Não voto no Aécio por vontade própria. Acho loucura um país que clama por mudanças acabar com Dilma e Aécio no 2o turno, porque de mudança aí, não tem nada. É mais do mesmo. Não sou PSDB, mas também não vou ignorar coisas positivas que aconteceram em governos passados. Nem coisas negativas.<br />
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Também não sou de esquerda. Não sou Petista. Quando o Lula ganhou as eleições, depois de não sei quantas derrotas, não vou mentir, achei legal, achei que mudanças positivas poderiam sim acontecer (e aconteceram), mas não votei nele, nem na Dilma. Acho muito justo - e necessário - que o governo olhe pelo seu povo, independentemente de classe social, mas cuidando dos mais vulneráveis e necessitados. Acho justo medidas de emergências tapa-buraco com a peneira, até que uma solução para o problema seja implementada. Bolsa-gás/luz/escola - medidas emergenciais, tapa-buraco. Melhorar educação, saúde, emprego, para que o povo possa andar com as próprias pernas e não precisar de mais bolsa-qualquer coisa: solução do problema. Óbvio que nem PT, nem PSDB, nem partido nenhum vai mudar nada de uma noite pro dia, mas aqui de longe, parece que muito pouco está sendo feito.<br />
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O que me dói é ficar nessa punheta PT-PSDB eternamente, sem que nenhum candidato decente apareça, sem que nenhum partido realmente queira melhorar o Brasil de verdade. Todo mundo pensa primeiro no seu. Qualquer político que tome posse já estará tão de rabo preso com todo mundo o que o ajudou a ser eleito, que seu mandato já estará comprometido. Sei que as passeatas pelo Brasil viraram guerra de classes, luta entre partidos, mas, na minha santa ingenuidade, gosto muito de pensar que são 200 milhões de brasileiros e que uma boa parcela da população realmente quer acabar com a corrupção, de todos os lados, quer um país mais seguro, mais "educado", mais saudável, mais rico (riqueza melhor distribuída, porque pobre com dinheiro gasta mais e é se gastando que a máquina do capitalismo continua funcionando, mas pobre com dinheiro não é mais pobre, né?), mais solidário.<br />
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E a babá, como fica? Gente, que bafafá deu essa história da babá. A curto prazo, minha opinião resumidamente é a seguinte:<br />
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1. Babá é uma profissão como qualquer outra. Aqui no "estrangeiro", porém, é uma função muito da bem remunerada, por isso nem todo mundo pode ter uma. Babás aqui, em vários casos, tem até treinamento e alguns cursos, inclusive de primeiros socorros, e checa-se antecedentes criminais. Babá não é apenas para limpar a bunda da criança, é uma pessoa que ler histórias, brincar, cantar, levar no parque, etc. Enquanto os pais estão se matando de trabalhar para pagar mil contas - inclusive a babá - e para ter uma carreira profissional, a babá os ajuda na "criação" dos filhos. Criação entre aspas, porque quem cria são os pais (ou deveriam), mas a babá é aquela aliada que vai impor as "regras" dos pais e da sociedade: comer bem, não ficar na frente da TV, respeitar os amiguinhos, aprender a dividir, ensinar fundamentos básicos para preparar para escola, etc. Claro que em alguns casos, babá aqui é apenas alguém que vai limpar a bunda da criança e deixá-la na frente da TV. Existem bons e maus funcionários em qualquer profissão.<br />
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2. Uniforme é sempre algo polêmico, por motivos históricos. Mas eu, de novo na minha santa ingenuidade, gosto de pensar que certas coisas evoluem para o bem. Sou contra forçar a usar uniforme em certas profissões, como babá, uma coisa tão assim... "informal". Uniforme de que empresa mesmo? Tem logomarca? Nem médico hoje em dia usa uniforme, a menos que seja em hospital. Mas uniforme tem seu lado positivo (para toda e qualquer profissão): economiza-se em roupas (eu sempre quis usar uniforme; tipo ter 5 roupinhas coringa e tudo certo); em profissões que corre-se o risco de sujar e manchar a roupa, você não estraga suas roupas bacanas; você consegue saber exatamente quem trabalha onde (pensa nas companhias aéreas, você lá querendo falar com um funcionário e tudo mundo vestido de... pessoas normais). De novo: ou você é uma grande corporação onde TODOS, do chefe à copeira, usam uniforme, ou é opcional. Nunca entendi o uso de uniforme branco em babá - primeiro a obrigatoriedade; li alguns comentários que é pra mostrar que as babás não são as mães das crianças. Segundo a cor: branco suja pacas; é esperado que babá troque de roupa toda vez que o uniforme sujar?<br />
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3. Babás nos finais de semana. Rá, outro tema polêmico. Hoje em dia não trabalho mais fora, mas até duas semanas atrás, eu ralava de segunda a sexta, das 7 da manhã às 6 da noite, quando começava o segundo turno de dar jantar, dar banho, contar história, botar pra dormir, arrumar cozinha, arrumar brinquedos e capota. E nunca tive babá de final de semana, porque meus finais de semana eram pra minha família. Carregar no colo é prazer, não sacrifício. Mas não vou negar, não. A gente deixou as meninas uma vez ou outra com a cuidadora num sábado ou num domingo pra podermos ir ao cinema, ou almoçar fora, ou... respirar. Uma vez ou outra. Desculpa, mas eu não entendo quem tem babás todos os finais de semana pra empurrar carrinho na praia. E não adianta dizer que é porque eles estão fazendo um favor pra sociedade dando emprego, porque o governo não faz o trabalho deles, etc. Porque essas pessoas ainda assim contratariam babás para empurrar carrinho na praia. Tento não julgar, porque cada um com seu cada um, e principalmente uma foto (sim, estou falando da foto que tá circulando por aí) nem sempre é o que parece. Então, não, não estou julgando aquele casal em particular. E não estou julgando que tem babá tempo integral durante a semana e nem quem precisa dos serviços durante um ou outro final de semana. Muito menos quem trabalha a semana inteira e ainda tem que pegar trabalho no final de semana pra complementar renda (talvez o caso de muitas pessoas no Brasil). Minha crítica maior é a quem simplesmente escolhe o lado mais fácil porque acha que ter filho é simplesmente pagar escola, curso, dar brinquedo, por comida na mesa. E sim, existem pessoas assim. Por outro lado, não tenho conhecimento suficiente pra dizer que é o caso da maioria das pessoas de classe média alta no Brasil, como as pessoas rotularam por aí. Não vou nem entrar no mérito dos salários, dos direitos, etc, porque eu sei que a lei mudou, mas não faço idéia de quanto uma babá receba no Brasil. <i>(P.S.: não é inveja, eu não tenho babá e nem quero ter; não tenho au pair e nem quero ter. Meus finais de semana são da minha família e todo o trabalho que tem com isso - cozinhar, educar, brincar, dar bronca, levar no parque, limpar bunda, dar banho).</i><br />
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A longo prazo, minha opinião nem dá pra expressar num post de blog só. É muita coisa errada, muita coisa que tem que mudar, muita coisa tem que ser ajustada, mas principalmente, é a mentalidade de um povo - independente de classe social, profissão, etc - que precisa ser mudada, e isso, infelizmente, parece tão difícil de acontecer. Falta vontade e falta claridade... tanta gente se acha perfeito e certo nas suas opiniões. Tanta gente que sabe que não é perfeito, mas que também não vai mudar e pronto. Tanta gente que nem consciência de algum problema tem.<br />
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Gente, sou brasileira, nasci e fui criada no Brasil, minha mãe teve babá e empregada, que dormiam em casa! Essa era minha realidade lá até a gente ficar um pouco mais crescidinho. E minha mãe não fazia isso porque ela era altruísta e queria ajudar as pessoas que não tinham emprego, não (apesar dela ajudar sim), era porque ela queria focar no trabalho, era porque ela não queria fazer as tarefas domésticas depois de passar o dia ralando feito uma corna no trabalho, era porque meu pai não ajudava em nada em casa e tudo caía em cima dela (e das empregadas), era porque era o normal. A moça que trabalhava lá em casa foi pra lá quando tinha 17 anos, subnutrida. Eu tinha 1. A mãe dela tinha um bando de filhos e estava desesperada para as filhas irem para a casa de pessoas que queriam babás e empregadas tempo integral para que elas pudessem ter uma casa melhor, comida, roupas, etc. Ir pra casa da minha mãe foi tapar o sol com a peneira, já que a solução mesmo seria evitar que esta situação acontecesse. Uma moça que trabalhou na casa da minha mãe morava lá com o filho - minha mãe pagava a mesma escola particular pra ele que pagava pra gente. Ela tinha casa durante a semana, um salário (não sei quanto, não sei se era justo ou não), comida, escola pro filho que era da minha idade, e ela estava lá porque era a melhor oportunidade pra ela na época. Apesar de ser uma situação boa no Brasil, não seria melhor que essa moça tive tido a oportunidade de escolher a profissão que quisesse, ganhasse o salário dela e escolhesse como gastar? Por que isso tem que ser privilégio de classe média/classe média alta e pobre tem que aceitar as condições que a vida lhes deu?<br />
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Como escrevi ali em cima, isso não dá pra discutir em um post só. E não é assunto exclusivo do caso da babás no Brasil. E não é nem só uma questão de "Brasil" ou país pobre. Dá pra ficar analisando tudo e todos, o que funciona aqui na Inglaterra e o que não funciona, e por aí vai.<br />
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Não existe lugar perfeito, todos os problemas do mundo estão relacionados de alguma forma (pobreza, diferença de classes, corrupção, machismo, violência, aquecimento global, super população, o pum da vaca...); temos muitas coisas para consertar, muitas agendas diferentes, interesses diferentes para trabalhar, mas uma coisa é certa: com tanto ódio no coração das pessoas, a gente não vai a lugar nenhum. É tanto xingamento, tanta grosseria, tanta intolerância que vejo na minha timeline do Facebook, que me faz perder a esperança em construir um mundo melhor para meus netos. </div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-22696508590996798912015-08-30T02:00:00.000+01:002015-08-30T02:00:01.296+01:00Respira. Inspira.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
As férias acabaram mas os baixos ainda não. Chegamos em casa felizes porque ainda era cedo e teríamos o final de semana inteiro pela frente. Infelizmente, ao abrirmos a porta, percebemos que algo estava errado. Sim, nossa casa havia sido revirada. Sim, alguém esteve lá entre sábado passado e sexta de madrugada, arrebentou a porta da cozinha, vasculhou um pouco da sala, da cozinha, muito do meu quarto, do quartinho de bagunça e do quarto de hóspedes. Levaram - até a última checagem - meu celular pessoal e um dinheiro que minha mãe havia me dado. Não deixaram impressões digitais e o pouco das pegadas que deixaram não serve pra nada. Deixaram bagunça e uma sensação de impotência pra trás. E muita raiva.<br />
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Já havia cantado essa bola aqui em casa e estava com uma sensaçāo horrorosa de que isso poderia acontecer. Pela primeira vez estava saindo de férias mega angustiada. Cheguei a pensar que o incidente do passaporte era um aviso.<br />
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Antes que os amiguinhos achem que levo jeito pra mãe Dinah ou venham falar que "pensamento negativo atrai essa coisas", já aviso logo: minha angustia e "pensamento negativo" tinham razão de existir. Teve uma onda de assaltos a casas (vazias) aqui na região desde que o verão começou. Veja bem, moro aqui há dez anos e isso nunca aconteceu, MAS nunca morei num bairro tão família e voltado para atividades escolares como esse. E também é a nossa primeira vez fazendo parte das familias que saem de ferias junto com periodo escolar. Isso facilita muito a vida do ladrão. A gente nunca foi de paranóia em relação à excesso de segurança na casa. A gente tranca portas e janelas, mas nunca trancou gavetas, portas e escondeu computadores. Começo muita gente que tem uma rotina diária de check up de segurança que faz parecer que morem no Brasil, onde isso é mais do que esperado (nunca aconteceu comigo enquanto morava lá, vale mencionar).<br />
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Essa minha angústia pré-viagem me fez esconder computadores e ipad, mas não tive tempo de pensar melhor em outras medidas. Falei muito com marido sobre opções de alarmes, de trocar porta da frente, de não deixar extrato bancário à mostra, mas não pensei no quão frágil a parte traseira das casas daqui são.<br />
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A gente deu uma certa sorte em relação ao que foi roubado, mas estou escrevendo esse post às duss da manhã porque, embora esteja exausta de uma noite em claro, estou tendo crise de pânico. A sensação de estar sendo vigiada é angustiante. A idéia de que ele (eles?) vão voltar pra terminar o trabalho, de que ele (eles?) sabem da nossa vida, onde eu trabalho, onde temos conta bancária e onde minha filha estuda me aterroriza. É um misto de terror e raiva. Me sinto exposta e vulnerável mas ao mesmo tempo sinto vontade de fazer plantão lá fora pra ver se pego esse sujeito. Porque talvez ele não volte aqui, mas está sim vigiando a rua, a vizinhança e planejando o próximo ataque. Como não posso fazer nada, só me resta torcer para que uma raposa o engula (*) enquanto ele fica de butuca checando os passos da próxima vítima.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-21946397732575693342015-08-28T21:11:00.001+01:002015-08-28T21:11:30.489+01:00E o último dia das férias...Nossas férias curtíssimas acabaram. Amanhã às 4 da manhã seguimos ao aeroporto pra chatices da volta pra casa: devolve carro, faz check in, pesa malas, espera duas horas pro vôo (mais meia hora de atraso dentro do vôo)... A volta pra casa, apesar de sempre bem vinda (nada como dormir na nossa casa, né?), é geralmente uma via cruscis... <div><br></div>Essas férias tiveram muitos altos e baixos, mais baixos do que altos... a última do dia nada mais foi do que a máquina do posto fe gasolina (todo automático) comeu nosso troco e ficamos €30 mais pobres. O que são €30 pra quem já perdeu £2,000, certo? O problema é que paciência e bom humor tem limite e até marido que é um verdadeiro monge tibetano nessas situações, se irritou e balbuciou meia dúzia de palavrões em meio a tantas frustrações. <div><br></div><div>Laurinha, que estava perto e tem um ouvido maravilhoso, já foi logo perguntando "fucking hell what, daddy?" e ao receber uma resposta atravessada ("não é da sua conta, vá brincar"), virou-se pra irmã e mandou um "todo mundo está de mau humor hoje, goodness me, Bea". Criança não é boba nada, as anteninhas ficam ligadas 24 horas, só captando coisas do mundo ao redor.</div><div><br></div>Então é isso; contagem regressiva para chegar em casa amanhã e curtir dois dias em casa (2a é feriado) antes de voltar à programação normal. Que tudo corra tranquilamente. Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-66487905231395797372015-08-27T21:52:00.001+01:002015-08-27T21:52:14.915+01:00Ai, meus saisNão vou dar uma de Calvin & Haroldo (ou foi Snoopy?) aqui e dizer que não sou eu quem está errada, e sim o resto do mundo que discorda de mim. Sei que eu sou chata, não me canso de repetir, e ultimamente minha intolerância para certas coisas só aumenta. <div><br></div><div>Que raiva que me dá desse povo que vive dizendo "ai, eu pensei nisso" ou "eu ia te lembrar na hora mas deixei pra lá", quando digo que esqueci de pegar alguma coisa , ou fazer alguma coisa. Na boa, se pensou, por que não disse?! Amigo da onça ou tá querendo tirar onda de sabe tudo? Muito ajuda quem não atrapalha: se esquecer de falar na hora, nem comenta que ia falar depois que deu merda porque só piora as coisas, certo?</div><div><br></div><div>Assinado,</div><div>Rabugenta-mor</div> Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-62099151877961768472015-08-26T18:16:00.001+01:002015-08-26T18:16:40.385+01:00De férias (parte 1)Nossas últimas férias de verdade foram em julho do ano passado na Croácia. Depois foi só uma pausa no Natal na Romênia e nada mais.<div><br></div><div>Então estavamos contando os dias pra irmos pra Itália por duas longas semanas. Acho que tinha uma nuvem negra nas nossas cabeças, porque tudo deu meio errado. Começou com a primeira acomodação que marido marcou, todo mundo numa cabana, sem banheiro (tendo que dividir com outras cabanas), num esquema camping de luxo. Nada contra quem curta, mas eu trabalho feito uma corna e dispenso ajuda de babá e afins pra poder tirar férias com um mínimo de conforto (ou ter banheiro privativo, pelo menos). A reserva cobrava taxa de cancelamento e perdemos uma grana. Depois, na hora do check in, vimos que o passaporte da mais velha estava vencido e tivemos que fazer uma verdadeira operação de guerra envolvendo amigos. Cancelamos a primeira semana na Toscana, perdemos a grana do hotel - que tinha que ser não reembolsável, certo? E mais uma grana pra remarcar as passagens (a opção era eu ir com minha mãe e a mais nova, mas não tive coragem de largar Laura pra trás; a menina ser punida por um erro nosso).</div><div><br></div><div>£2,000 mais pobres, a viagem saiu. Levamos hooooooras pra chegar no apartamento (o check in era na cidade vizinha), chegamos cansados, Beatrice com a fralda explodindo de coco, e o apartamento levou mais duas horas pra ficar pronto, com um staff meio grosseirão, daqueles que acham que estão quebrando seu galho por deixar você se hospedar.</div><div><br></div><div>Pra completar a irritação com a hospedagem, descobrimos que não tem toalha nem lençol incluídos. Fomos checar o aluguel e custava €12 por pessoa. Ou seja, se você quisesse um lençol de casal, para um casal dormir, paga €24, ok? Gente, na boa, com bagagem limitada, quem é que fica viajando com lençol, né? Tudo bem, eu já viajei, pra Salvador, porque na reserva dizia que não tinha lençol ou toalha no flat. </div><div><br></div><div>Depois, dois dias de férias a dentro, Laura teve vomitório louco de não conseguir nem tomar água. A gente ainda conseguiu passear um pouquinho, numa bicicleta de aluguel, mas voltando pra casa, ela cochilou e acordou vomitando ainda mais. O dia seguinte foi dia de pegar leve de novo, pra ter certeza de que ela estava recuperada. </div><div><br></div><div>Ainda nos negativos: tivemos uns três dias de meio chuva meio nublado e aqui tem</div><div>mosquito pacas, Beatrice está toda picada, mesmo enchendo de repelente forte.</div><div><br></div><div>Quando a poeira baixou, chegamos à conclusão de que teria sido melhor ir pra Toscana ( a moça ofereceu de deixar a gente mudar a reserva, já que nao poderia cancelar) e cancelar Veneza (Jesolo, que na verdade é Cavalino), já que a reserva de Jesolo não estava paga e podia cancelar. Mas na hora do stress, a gente (aqui em casa, digo) não pensa direito e age no impulso e sempre dá errado.</div><div><br></div><div>O que deu certo? A localização não é de todo mal. As meninas não estão nem aí pra turismo, cultura, etc., e querem mais é praia, piscina, parquinho e sorvete mesmo. O carro que alugamos é bem bacana e marido tá a fim de trocar o nosso por um desses. Eu adoro massa italiana, mesmo as mais ou menos, então em termos de comida está sendo bem bom. Mas a gente não está caminhando muito, ou seja, estou engordando horrores.</div> Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-71601836449173393162015-08-21T17:30:00.001+01:002015-08-21T17:30:05.698+01:00A tal carta de referênciaAcho que o Chevening está com inscrições de bolsa abertas, porque o post sobre a bolsa do Chevening subiu no ibope do blog e é o mais lidi dos últimos meses. Tenho recebido várias emails perguntando sobre a carta de referência, que talvez não esteja tão detalhado no post...<div><br></div><div>Então aqui vai o top 5 das perguntas que mais apareceram, para as pessoas que não querem me escrever:</div><div><br></div><div>1) Quantas cartas são e quem tem que escrever?</div><div>Na minha época eram duas, de preferência uma profissional (o chefe ou alguém que possa dar referências do seu trabalho, um cliente, por exemplo) e uma acadêmica. Como eu estava fazendo uma pós na época, pedi a um dos professores. Tive que traduzir porque ele não falava inglês. A profissional foi escrita por um chefe; trabalhamos juntos em três empresas então ele pode escrever coisas sobre os três trabalhos.</div><div><br></div><div>2) Tem que ser em inglês?</div><div>Sim. E como eu apliquei para outras bolsas e as universidades também exigem cartas de referência, foi um modelo só com vários cabeçalhos.</div><div><br></div><div>3) Escreve o que?</div><div>A minha acadêmica foi mais básica, falando da frequência, das notas, participação nas aulas. Nem lembro se falava de algum trabalho específico. </div><div>A profissional foi mais detalhada, incluindo exemplos bem específicos de projetos que eu trabalhei, além de outras coisas que não eram relacionadas ao meu trabalho, mas que mostravam como eu era dedicada e tal. Minha área era música e marketing, então entrevista com Gilberto Gil pra um trabalho da faculdade, organizar um showcase da Alanis Morrisette no Rio e coordenar parcerias com outras empresas foram alguns dos exemplos. Outras áreas talvez rendam exemplos mais bacanas. :)</div><div><br></div><div>Uma coisa que acontece no Brasil mas é raro aqui na Inglaterra é trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Isso pode contar pontos a favor se, além de bom aluno, você ainda é bom profissional. Use isso a seu favor.</div><div><br></div>4) Faz tanto tempo que cursei faculdade e me dediquei demais ao trabalho, e agora?<div>Duas profissionais servem, de lugares diferentes, dando exemplos diferentes.</div><div><br></div><div>5) Estou no meu primeiro emprego, não tem muito o que contar, e agora?</div><div>Então sua carta acadêmica provavelmente será mais completa do que a profissional.</div><div><br></div>Espero que ajude... só lembrando que participei do processo seletivo há mais de dez anos e as coisas mudaram muito de lá ra cá.<div><br></div><div>Bom sorte!!</div><div><br></div><div>P.S.: Podem continuar mandando emails.<br><div><br></div></div> Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-76023312713812434622015-08-14T21:06:00.003+01:002015-08-14T21:06:51.620+01:00Banho de sal grosso, ou tá na hora de desacelerar...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
É, queridos, não tá fácil não. A nossa tão esperada férias, aguardada ansiosamente, subiu no telhado. A gente se preocupa se tem bóia de braço e fralda pra piscina, mas não checa passaporte. Claro que o passaporte da mais velha está vencido (há uma semana) e a gente só descobriu agora, quando íamos fazer o check in.<br />
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Aqui tem um sistema premium que faz passaporte em 4 horas. Mas só pra adultos (acima de 16 anos). Criança leva uma semana. Vamos amanhã ao meio dia resolver isso e rezar para que o passaporte chegue antes dos 7 dias, pra podermos embarcar, por uma semaninha apenas, no sabado que vem. Se o passaporte chegar só no sábado, daí já era, a gente perde a viagem toda e muitas mil libras.<br />
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Deu uma broxada monstra agora, vontade zero de fazer qualquer coisa.... mas vamos que vamos que a gente tem uma semana de férias com esse tempo leeeeendo que faz na terra da rainha.<br />
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A gente anda mega estressado e irritado e se odiando aqui em casa, por isso essas férias eram muito esperadas. Mas a gente tem que aprender a desacelerar, a focar no que é importante e tentar relaxar mais pra não dar mais esses moles. Mole caro pra burro.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-62383495781602954502015-08-10T22:11:00.002+01:002015-08-10T22:11:15.623+01:00Contagem regressiva<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Já que o post anterior foi sobre férias de outubro, bora falar das próximas férias.<br />
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Estamos indo pra Itália: casal + crianças + avó. Se tivéssemos cachorro, gato, galinha, eles iam também. Voamos pra Veneza, só porque era o lugar mais barato segundo o <a href="http://skyscanner.net/">skyscanner.net</a> (é assim que se escolhe férias quando se tem um orçamento limitado e cabeças demais na família). Alugamos um carro e no mesmo dia partiremos rumo à Toscana, mas nada de Florença ou Pisa. Vamos à praia mesmo, num lugar chamado Vada (conhece? Nunca ouvi falar). Ficamos uma semana por lá, num hotel com piscina, não muito longe da praia.<br />
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A última semana é perto de Veneza, em Jesolo (conhece? Nunca ouvi falar 2). Também tem praia (só que o "hotel" não é tão perto assim) e dá pra ir à Veneza de barco. Marido está com expectativas altas para esta viagem. Além da praia, ele também quer conhecer Pisa, Florença, Siena, dar um pulo em Veneza...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisAnRWrIPIAbSp7yAJRb6ZZg0T1TTMqtqWx40gjxjCljOYbbaPLDN3E-YF0JNVrYhUWs9xneaKsM4TrphIyt9roslkF3Om_IttFlUF6k-VaMDavmybwFkXQURR25m2f0EKwlBYSA/s1600/Screen+Shot+2015-08-10+at+22.05.15.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisAnRWrIPIAbSp7yAJRb6ZZg0T1TTMqtqWx40gjxjCljOYbbaPLDN3E-YF0JNVrYhUWs9xneaKsM4TrphIyt9roslkF3Om_IttFlUF6k-VaMDavmybwFkXQURR25m2f0EKwlBYSA/s320/Screen+Shot+2015-08-10+at+22.05.15.png" width="319" /></a></div>
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Tento manter minhas expectativas baixas. Primeiro porque viagens passadas me ensinaram a não esperar muito de férias em família: passaremos um tempo bacana juntos, as meninas vão (espero) curtir muito a piscina e a praia, vai estar sol e calor, mas turistar, que é o que eu gosto mesmo, principalmente na Itália, sei que não vai rolar muito. E depois, quem tem baixas expectativas tem menos risco de se decepcionar. Pra não dizer que minhas expectativas são baixas em relação a tudo, confesso que sonho todos os dias com a comida e o sorvete. Hmmmmm, sorvete.<br />
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Não vejo a hora de viajar e gastar todo o italiano que eu não falo (mas o pouco que entendo é graças as novelas da Globo). </div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-62285682352788254962015-08-07T07:44:00.000+01:002015-08-07T07:44:02.043+01:00Férias das famílias inglesas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Antes de ter filhos, meus planos de férias eram bem ambiciosos. Até encarrava os perregues de vôos da madrugada, bate e volta de final de semana, etc.<br />
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Depois que os filhos vieram a coisa ficou mais low profile a ficamos mais exigentes. Sei que os pais descolados nem ligam mas lá em casa a gente cuida muito pra ter as meninas numa rotina de sono para que elas não fiquem mal e a gente não fique mal.<br />
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Mesmo assim, a gente sempre procurou ir a lugares que tanto nós quanto elas iriam se divertir, mas principalmente ir a lugares novos. Fora Brasil e Romênia, claro, que é difícil de escapar.<br />
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Com esta mentalidade, eu tinha um pouco de nervoso dessas famílias (geralmente de 2 ou mais filhos) que sempre passam férias nos mesmos lugares: Centre Parcs e Butlins por aqui; França e sul da Espanha, no continente.<br />
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Nada melhor do que viver na pele para poder entender o outro, né? Convenci marido a tirar a semana de half term em outubro pra gente poder viajar, já que Laura não tem aula. Aí começou o planejamento: tem que ser pra lugar quente, mas não pode ser lugar caro e longe, porque é só uma semana e pagar passagem pra quatro pessoas é de doer (Beatrice já paga inteira ou 75% do valor). Dá-lhe de checar temperaturas em outubro por aqui: Turquia, Chipre, Malta, Ilhas Canárias (já fomos a Gran Canária e Tenerife), Majorca, Menorca. Dá-lhe de ver preço de pacote de uma semana e melhores preços eram pra Majorca e Menorca, na faixa de £1,800 para passagem e hospedagem dos quatro. Gran Canarias estava praticamente o dobro. Marido checou a temperatura em detalhes e 23C era a maxima pra época, com mínima de 14C. E como a gente é sortudo, capaz de chover todos os dias.<br />
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Com isso em mente, começamos a procurar lugares com atividades indoors também, principalmente piscina. Conclusão: vamos dirigir até a França e ficar no resort com muitas atividades pra crianças, incluindo piscina e play area na agua. Uma semana para os quatro por menos de £500. E a gente vai dirigir até lá, o que nos deixa livres pra pegar o carro e explorar a área.<br />
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Anotem aí: se der certo, vai virar nosso padrão de férias curtas.<br />
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P.S.: Depois dou link e posto fotos, se o lugar valer a pena.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-77390951206651344232015-08-05T20:09:00.000+01:002015-08-05T20:09:18.662+01:00Bicarbonato e vinagre pra cabelos lindos e brilhantes, será?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Amiga minha postou no Facebook uma dica de uma canadense que aceitou o desafio de ficar um mês sem usar xampu. Ela usou bicarbonato de sódio para limpar os cabelos (diluído em água morna) e depois vinagre de maçã pra fechar as cutículas dos fios - abertas por causa do bicarbonato. É muita ciência pra minha cabeça.<br />
<br />
Ao contrário da dica de pasta de dente de curcuma da neta do Gilberto Gil (esqueci o nome dela e tô com preguiça de procurar), essa aí eu tenho medo de testar. Qual o pior que pode acontecer se você usar curcuma? Boca amarela, mal hálito, voltar pra pasta de dente? (porque não dá nem tempo de deixar o dente apodrecer, né?). Mas lavar o cabelo com bicarbonato e vinagre, tenho medo de cair no olho e ficar cega, porque eu sou a atolação em pessoa e minha falta de saco não me permite lavar cabelo na pia.<br />
<br />
Alguém já testou isso aí?? Eu adoro uma dica "viva a natureza" que não mata nem engorda, então sou toda ouvidos. Agradecida!</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-20762177410900109382015-08-03T17:12:00.001+01:002015-08-30T02:06:27.516+01:00Trabalhando no positivismo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sou do time da galera mala que sempre vê obstáculo em tudo, que na primeira dificuldade quer mais é sentar no sofá e esperar a poeira assentar, que fica deprimida com notícias ruins e acha que o mundo não tem solução.<br />
<br />
Gostar de ser assim, eu não gosto. Mas também não curto Xou-da-Xuxa Style "é isso, aí, baixinhos, beijo no coração, pensamento positivo, uhuuuuuuu, vai dar certo, caiu-levanta-limpa-poeira-dá-volta-por-cima, a vida é uma festa". Aliás, pessoas assim muito AAAAAAAIIIIIIIIII que alegriiiiiiiiia, pulinhos, palminhas, yey, me dão um pouco nos nervos. Embora, quando sincera, acho uma atitude super válida e necessária.<br />
<br />
Claro que tem hora pra tudo: pra chorar de soluçar e de pular de alegria. Tem gente que confunde e troca as pernas. Sei vibrar de alegria em momentos alegres. Amiga diz que tá grávida, pulo de alegria (e depois pergunto se é gravidez desejada e motivo de alegria - porque, né, vai que não...), amiga diz que vai se mudar pra Austrália, pulo de alegria, peço pra me levar na mala, faço planos pra visitar, até vejo preço da passagem, e depois caio no choro porque o fuso horário é tosqueira e não quero mais ficar longe de ninguém.<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
Mas ultimamente, faço tudo "calada". Vejo amigo se mudando no Facebook, desejo, mentalmente tudo de bom, elogio o novo apê e pergunto como está a adaptação, tudo na minha cabeça. Não sei se esqueço ou se acho que posso escrever/ligar depois, quando tiver mais tempo. E daí eu esqueço.</div>
<br />
2015 está sendo um ano muito esquisito. Ando sentindo muita falta de pessoas e coisas do passado. Sonhando com pessoas que já não tenho mais contato, querendo coisas que não tem mais sentido querer. E sempre penso: vou procurar fulano, beltrano, cicrano. E não procuro. E depois é tarde demais. E não é que me sinta culpada, porque a "vida das pessoas continua comigo ou sem migo", mas me sinto mais "vazia" porque tem algumas pessoas que valem muito a pena ter na nossa vida, mesmo que à distância.<br />
<br />
Minhas filhas viraram desculpa pra muita coisa - falta de tempo, falta de final de semana livre, cansaço pelas noites mal dormidas. Vejo nos perfis do Instagram essas super mulheres que trabalham, montam negócio, viajam, levam filho na escola, na natação, preparam comida fresquinha e saudável pra família, lavam, passam, cozinham e, ao invés dee inspirar, me canso, me deprimo, vou pro sofá e fico de mal comigo. Como pode, né?<br />
<br />
Dito isso, tivemos um final de semana ótimo na companhia dos vizinhos, as meninas brincaram muito, comemos até dizer chega, e ficamos tristes com a chegada da 2a. O dia hoje no trabalho - apesar de eu estar totalmente desmotivada (tristeza por conta de notícias ruins, nada a ver com o trabalho) - foi bem produtivo e rendeu bastante.<br />
<br />
Sei lá, deve ser a lua.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-4444195848114669232015-07-24T00:19:00.001+01:002015-07-24T00:19:57.537+01:00Perdendo a fé na humanidadeSempre quis conhecer a Rússia. Sempre. Ainda quero, mesmo com todos os problemas e mesmo depois de assistir a um documentário retratando a escrotidão dos naciolistas/neo-nazistas do país (e semana que vem é sobre a intolerância aoa homossexuais do país). A verdade é que a Rússia é apenas um dos países cheios de problemas do mundo. Quem é que consegue assistir Tropa de Elite e não ter medo ou ódio do Brasil? A verdade ainda maior é que o ser humano é um bicho horrível, que tem que se policiar e controlar pra não ser violento, preconceituoso, individualista, egocêntrico. Somos todos "ruins" por natureza, mas alguns se dão ao trabalho de tentar não ser. Por isso que nego inventou a ética e a moral - justamente por sermos amorais e anti-éticos por natureza.<div><br><div>Então. Ainda quero ir pra Rússia. Mas não a trabalho; ou pelo meu trabalho.</div><div><br></div><div>Gosto do meu trabalho e trabalho com pessoas bacanas. Algumas pessoas bacanas mas tão retrógradas, tão preconceituosas, tão escrotas... tem um povo velha guarda no departamento que dá vontade de jogar do 18o andar,</div><div>onde eu trabalho. Olha o exemplo:</div><div><br></div><div>- acham que eu não tenho direito de ser promovida ou ter cargo de chefia porque tenho filho e saio cedo. Mesmo eu chegando uma hora e meia mais cedo do que todo mundo, mesmo eu trabalhando à noite.</div><div><br></div><div>- minha chefe vai sair de licença maternidade e queria que eu ficasse no lugar dela; essas pessoas não querem, porque eu não posso ser promovida porque eu tenho filhos e família.</div><div><br></div><div>- a única pessoa que verbalizou isso (o resto só pensa) ainda se citou como exemplo, porque ela era "a mesma coisa, priorizava a família e deixou a carreira de lado". Minha família é da opinião contrária.</div><div><br></div><div>- criaram caso porque minha chefe queria que eu viajasse de executiva pra Dubai porque é um vôo acima de 6 horas e eu chegaria lá direto pra trabalhar. Isto porque a pessoa que vai comigo não pode ir de executiva porque chefe não liberou e como ela "é superior" a mim, deu o maior bafafá. Detalhe: não estamos indo no mesmo vôo, entao nao faz nem diferença.</div><div><br></div><div>- quando voltei de licença, me negaram trabalhar 4 vezes na semana porque "era prejudicial para o departamento", sendo que várias pessoas trabalhando 4 vezes na semana.</div><div><br><div>Tenho razão de ter birra com certas pessoas ou tô exagerando?!</div><div><br></div><div>Às vezes acho que a solução pro mundo é que ele se exploda e o ser humano entre em extinção. </div><div><br><div><br></div><div><br></div></div></div></div> Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-9999783795074143012015-07-21T07:35:00.001+01:002015-07-21T07:35:10.214+01:00O verão e a vergonha na cara<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Não tem mais como esconder: eu não tenho vergonha na cara. Nem força de vontade. Não tô feliz com meu corpo mas a preguiça de fazer algo a respeito é muito maior. Nem vou colocar desculpa no dia a dia atribulado, no fato de eu acordar às 6 da manhã pra ir trabalhar, chegar em casa às 18:30 e ficar com as pequenas até 21/22h. 5as feiras consegui que marido me liberasse das tarefas noturnas e faço pilates pra tentar diminuir as dores do corpo. E agora vou fazer um teste de acordar super cedo pra ir pra academia aos finais de semana. Qualquer coisa a mais, tem que ser às 5h ou depois das 22h. Aí entra a falta de vontade. (P.S.: não tenho hora de almoço, antes que pensem que poderia usá-la).<br />
<br />
Eu tento, mas sempre desisto. Tinha perdido 12kg ano passado; já ganhei tudo. Voltei a usar o My Fitness Pal pra ver o quanto estou comendo - de 2,000 a 3,000 calorias diárias. Pelo menos assim, resolvi reduzir pra no máximo 1,800, mas isso tem uma semana e em três dias já fracassei.<br />
<br />
Se a gente não está com o corpo e a mente num projeto, a coisa não anda. Já tentei criar uma rotina de cremes também; funcionou no início mas depois desandou. Nisso, a impressão que tenho é que envelheci cinco anos nos últimos seis meses.<br />
<br />
Marido acha que tudo é uma fase, que, quando as meninas crescerem, as coisas ficam mais fáceis. Minha resposta foi que, quando elas crescerem e não derem trabalho, estarei morta. Aí é meio tarde, né?<br />
<br />
Falta de força de vontade é traço de personalidade? É possível se forçar a fazer algo que não se está a fim e continuar a longo prazo? Trabalho porque preciso mas também gosto. Cuidar das meninas é trabalhoso pacas, mas eu gosto. Comer comida saudável e me entuchar de legumes, verduras e frutas não gosto, não. É quase tortura. :(<br />
<br />
P.S.: Pra não dizer que não mudei nada, passei a andar até a estação (13 min), além de andar da estação até a casa da cuidadora (15min). Ou seja, quase 30 minutos de caminhadas diárias.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-23405706838010812712015-07-10T07:40:00.000+01:002015-07-10T07:40:03.919+01:00Stop. Start. Continue.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Pare. Comece. Continue.<br />
<br />
Tradução literal.<br />
<br />
Essa é uma das lições que aprendemos numa master classe no trabalho e tentamos implementar no dia a dia. A teoria é super simples:<br />
<br />
<b>Pare</b> de fazer coisas que não estejam funcionando ou que estejam atrapalhando. Pare de encher a agenda com reuniões (que muitas vezes são pra discutir o conteúdo da próxima reunião). Pare de se meter em fofocas do escritório. Pare de fazer hora extra todo santo dia.<br />
<br />
<b>Comece</b> a fazer coisas que possam ajudar no dia a dia. Comece a planejar seu dia e siga o plano. Comece a se esconder em lugares mais tranquilos quando precisar terminar um trabalho importante. Comece a dizer não quando o não é necessário.<br />
<br />
<b>Continue</b> fazendo as coisas que fazem o dia produtivo e prático. Continue fazendo seu trabalho com a dedicação de sempre (mas sem as horas extras). Continue expondo suas opiniões sempre você achar necessário.<br />
<br />
Além disso, a nova filosofia do departamento é Fewer, Bigger, Better. Ou seja, fazer menos coisas, mas coisas maiores e melhores (ou mais eficazes, dependendo da interpretação).<br />
<br />
Na teoria, tudo funciona, né? Já na prática. Começa que pra mudar o hábito de anos e anos já não é tão simples assim. Depois, o ser humano tem o (mau) hábito de esperar por resultados radicais e imediados assim que uma mudança é posta em prática. Cortou o cabelo = cara nova, pinto a parede da sala = novo ambiente, mudou de casa = endereço novo. Simples assim. Só que não. Começou dieta = meses, às vezes anos, até chegar ao resultado desejado. Começou na yoga = meses até conseguir ficar de cabeça pra baixo.<br />
<br />
Daí que tô pensando em aplicar a teoria do trabalho na vida pessoa também. Pare de ser tão pessimista e ver problema em tudo. Comece a trabalhar em dois (limitando pra ser realista) projetos que sepre quis. Continue separando trabalho de casa e dedicando seu tempo livre às filhas.<br />
<br />
Vamos ver se rola algum resultado até o final do ano.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-27626463597393101282015-07-04T00:58:00.001+01:002015-07-04T00:58:32.045+01:00Filho ou bicicleta?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Você, amiga que mora ou quer morar na Inglaterra, que está aí doida pra ter filho mas não sabe se é a hora certa, esse post é pra você.<br />
<br />
Começando do começo: não tem hora certa. Se você tá cheia de desculpa (primeiro quero casar, ir pra Tailândia, aprender gaélico, ganhar medalha olímpica de cuspe à distância, juntar o primeiro milhão, depois o segundo...), sinto informá-la mas você não quer ter filho; só não quer admitir que não quer. Se você quer ter filho mas tem medo do incerto, bem-vinda ao clube.<br />
<br />
Antes de engravidar, eu morria de medo do compromisso eterno, de não ser boa mãe, de danificar a criança, de matar de fome, do filho crescer e ser infeliz... tem que fechar os olhos e embarcar. E tentar fazer o seu melhor. Mas depois de ter dois, posso falar com propriedade: o medo tem fundamento.<br />
<br />
Não, filho não morde (morde, mas não é fatal). Filho não quebra (a menos que você seja muito negligente). Filho não é um bicho do outro mundo.<br />
<br />
Dá um trabalho do cão. Se você mora fora e não tem família perto ou muito amigos então... se você não tiver cara de pau de pedir ajuda e se depender do seu salário pra se bancar, ai ai ai.<br />
<br />
Algumas dicas práticas para você se preparar:<br />
<br />
- Licença maternidade aqui pode ser de até 12 meses e as férias se acumulam nesse período (ou seja, se você tem direito a 25 dias úteis, você pode parar mais 1 mês e pouquinho). Não são 12 meses remunerados<br />
<br />
- Quanto você vai ganhar de licença vai depender do seu empregador, de quanto tempo está no trabalho, etc, mas nos meus dois empregos foi algo meio que assim (1a e 2a gravidez, respectivamente): 100% / 90% do salário nos 3 primeiros meses; depois 70% / 50% do salário nos outros 2-3 meses; depois o pagamento do governo (na época uma média de £500/mês) por mais 3 meses e nos últimos 3 meses (optei por tirar tudo nas duas vezes, mas sei que não é todo mundo que pode): zero dinheiros. MAS pela lei é assim: 90% do seu salário nas primeiras 6 semanas e £139.58 por semana nas próxima 33 semanas. ZERO nas últimas 13 semanas. <a href="https://www.gov.uk/maternity-pay-leave/pay" target="_blank">Fonte: site do Governo</a>.<br />
<br />
- Desde abril 2015, a licença maternidade e paternidade podem ser divididas. Isso é para o caso da mãe ganhar mais do que o marido e ter que/quiser voltar mais cedo pro trabalho, mas ainda ter o pai cuidando da criança.<br />
<br />
- A cada governo, os benefícios mudam. Por exemplo, quando tive Laura, ganhei £80 por mês do governo por um ano, algo assim. Quando Beatrice nasceu, a lei tinha mudado e por causa do nosso salário, perdemos o benefício. Esse benefício é um dos muitos que seguem a lógica estúpida do governo: se os dois pais trabalham e ganham £49,999 por ano, a criança tem o benefício. Se um dos pais não trabalha e o outro ganha £50,0001, já não tem direito. Sacou?<br />
<br />
- Childcare voucher: vale super à pena em termos de dedução de imposto de renda (segundo o site do governo, economizo quase £3,000 por ano com os vouchers) e tive sorte porque peguei os vouchers antes da lei mudar. Compro o equivalente a £243/mês, mas hoje em dia só poderia pegar £150/mês mais ou menos. O que você pode pagar com childcare vouchers? Praticamente tudo ligado a cuidados com seu filho: algumas babás, childminders, creches, clubes de verão, breakfast club/after school clubs, etc. Não perde a validade.<br />
<br />
- Existem outros <a href="https://www.gov.uk/browse/benefits/families" target="_blank">benefícios</a> que valem à pena checar.<br />
<br />
- Família vem ajudar, mas também atrapalha. A gente tá sempre com alguém em casa , no mínimo por seis meses no ano. Fico louca!<br />
<br />
- Preciso trabalhar, mais pra manter a sanidade mental. Só que não quero trabalhar com qualquer coisa e a minha área é meio tosca em termos de longas horas, muitos eventos, etc. Peitar pra não ser escravo e só trabalhar as horas certas é sinônimo de estagnação profissional (mesmo que vários artigos digam o contrário).<br />
<br />
- Sabe quanto vou ter que pagar a partir de setembro pra childminder + atividades extra escolares + clube pré e pós aulas? £2,200 por mês. E em períodos punks no trabalho + eventos, ainda teria que ter um adicional pra alguém buscar Laura na escola, porque marido não consegue chegar a tempo. Junta isso, mais comida, passagem, roupa de trabalho (que eu nem compro muito), gasolina (não tem creche perto de casa) e eu tô pagando pra trabalhar.<br />
<br />
- O governo dá 370 horas anuais (ou 15 horas semanas por 38 semanas) gratuitas de childcare (pode ser creche e em alguns casos childminder/babá) para crianças entre 3 e 4 anos (ou a partir dos 2 anos em alguns casos). O governo atual disse que iria aumentar a quantidade horas para 25h/semana, mas ainda não vi quando.<br />
<br />
- A partir do outono tem um novo benefício vindo aí: tax-free credit. Pra cada 80 centavos que você colocar na conta, o governo dá 20 centavos, até £2,000 por ano, por criança. Dá pra pagar 1.5 de creche. Mas não é todo mundo que vai ter direito ao benefício não.<br />
<br />
- A partir dos 4 anos, a criança pode ir pra escola, que é de graça. Se seu filho faz 4 anos até 31 de agosto, ele vai pra escola em setembro do mesmo ano. Se ele faz 4 anos a partir do dia 1o de setembro, ele só pode ir pra escola em setembro do ano seguinte, aos 5 anos. Planeje bem a data do nascimento, pode te economizar £900/mês por um ano se você paga creche tempo integral. hehehe Almoço é de graça nos três primeiros anos escolares. Depois disso é pago ou você manda de casa. Leite é de graça até a criança completar 5 anos; depois é tipo 40 centavos por dia.<br />
<br />
- Se você trabalha tempo integral e tem filho em idade escolar, ainda tem que se virar com o antes e depois da escola. As escolas daqui são da 9h (8.55) às 15h (15.15-15.30), então bora procurar Breakfast club e After school club ou childminder, £6/£7 por hora. Ou seja, pelo menos £400/£500 por mês.<br />
<br />
- Saúde: dentista é de graça pra crianças até 16 anos (e grávidas e mães de bebês até 1 ano). Medicação também, mas médicos não dão receita para Calpol e outras coisitas más. Quando Laura teve conjutivite, foi o farmacêutico mesmo que receitou o antibiótico e por isso acabei pagando preço integral. Claro que como diz o Tesco, every little helps, então quando você for na Boots, pergunte se eles tem o <a href="http://www.boots.com/en/Pharmacy-Health/Health-pharmacy-services/Pharmacy-services-support/I-need-more-information/Minor-ailments-service-NHS/" target="_blank">Minor Ailments Service</a>. Você pode pegar remédio de graça sem receita. Não são todas as Boots (que é uma rede de farmácia daqui, caso você não more aqui). Só vale pra quem tem direito a medicação gratuita (crianças até 16 anos e grávidas e mães de bebês até um ano de idade).<br />
<br />
- Cartão de fidelidade. Tenho da Boots, o Nectarcard (várias lojas, inclusive Sainsbury's) e do Tesco e acabei de fazer um cartão de crédito do Tesco também, que é onde faço a maior parte das minhas compras de casa. Gente, parece bobagem, mas eu esqueci dos meus créditos no Tesco e descobri que tinha o equivalente a £150 lá, e como eles fazem o Boost sei lá o que, comprando coisas de crianças, inclusive brinquedos, o valor dobrou!! Fralda, baby wipes, uniforme escolar, festinhas de aniversário de 29 coleguinhas... vai somando.<br />
<br />
Vou atualizando o post a medida que minhas filhas forem crescendo ou eu for lembrando de algo novo.<br />
<br />
E aí, se animou? Quer outra dica de ouro? Se você tem uma irmã no Brasil, que tem maior jeitinho com criança e tá de saco da violência de lá, manda ela dar um pé na bunda daquele namorado encosto dela, pedir demissão daquele emprego que ela não gosta, vem de malas e cuias pra cá, faz ela treinar pra ser childminder, prepara sua casa e coloca ela pra cuidar dos seus filhos. De quebra, ela ainda pode cuidar de outras crianças e ganhar um dinheirinho (*). Ou compra uma bicicleta. ;-)<br />
<br />
(*) Ok, não é tão simples assim. Só se ela tiver passaporte da União Européia e falar um pouco de inglês (pra fazer o curso), ok?<br />
<br />
*****<br />
<i><br /></i>
<i>Este post é complemento do <a href="http://theskyisgrayagain.blogspot.co.uk/2013/07/custo-de-vida-em-londres-para-quem-tem.html" target="_blank">Custo de Vida no Reino Unido pra quem tem filhos</a>, com algumas repetições.</i><br />
<br /></div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-21968950041242603642015-07-03T23:19:00.003+01:002015-07-03T23:19:48.559+01:00Irritation<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sou dessas que quando acontece algo ruim, fica remoendo e remoendo e remoendo. Sei que não é bom pra saúde e não faz diferença nenhuma pra minha vida. E ainda assim não consigo deixar de ficar irritada.<br />
<br />
Hoje dei uma "cortada" num cara no trânsito. Não foi bem uma cortada, se ele não estiver acima da velocidade permitida, não teria sido nada demais. Ele nem precisou reduzir a velocidade. O que aconteceu foi que ele aumentou a velocidade, buzinou loucamente, me ultrapassou, e arrancou em pelo menos o dobro da velocidade permitida. Isso tudo pra depois parar no sinal. Fiz um gesto com a mão de "pra que isso??". O cara saiu do carro e veio falar aos berros comigo. Mal entendi o que ele falou porque é gringo e tem sotaque forte. Eu estava mais preocupada em tentar fechar meus vidros caso ele tentasse me bater ou machucar minhas filhas, então nem respondi direito. E mesmo assim, ele gritava tanto que nem ia ouvir mesmo.<br />
<br />
Gente, o que eu fiz com ele acontece pelo menos 5 vezes no dia comigo, todos os dias. Sempre reduzo a velocidade e deixou pra lá. Ou xingo a pessoa baixinho. Não tinha o mínimo risco de acidente - exceto, claro, pelo fato de ele ter aumentado a velocidade quando viu que eu ia virar na frente dele. Enfim... sei que o incidente me deixou com TANTA raiva que tudo que eu pensava era "tomara que o carro dele exploda!" Às vezes me assusto com o tamanho da minha raiva em relação a situações assim. E queria ser muito como essas pessoas que simplesmente conseguem deixar pra lá e esquecer em cinco minutos o ocorrido. Aqui estou eu, quatro horas e meia depois do incidente, escrevendo sobre o assunto porque eu ainda estou morrendo de raiva e ainda desejando o que carro dessa pessoa se exploda.<br />
<br />
Corta.<br />
<br />
Na tentativa de esquecer, a pessoa faz o que? Vai pro Facebook. E se depara com a tal notícia de racismo contra a moça do tempo do Jornal Nacional. Não moro no Brasil há dez anos, não assisto JN, não sei quem é a moça, mas a notícia me esquentou o sangue. Primeiro achei que fosse mentira, é muita violência verbal gratuita. Depois me bateu uma angústia em ler os comentários de apoio "liga não", "você é mais", "somos todos maju", "ela é linda", etc etc. Tipo, ela é linda e somos todos Maju, mas liga não o escambau. Liga sim e bota todo mundo na cadeia. Racismo é crime. Nem todos os perfis são fakes. E a raiva volta e a irritação com o carinha mais cedo se mistura com o ódio que o print abaixo despertou e já estou eu achando que a solução pro mundo é que ele acabe mesmo.<br />
<br />
Corta.<br />
<br />
Respira fundo. Tenta aplicar as técnicas de relaxamento que você conhece (ops, nenhuma). Não vale à pena tanto ódio no coração, só faz mal a mim mesma e à minha família. E outra, né? Raiva que não traz resultado é burrice. É legal ficar revoltado e fazer alguma coisa para melhorar o mundo.<br />
<br />
Corta.<br />
<br />
Pra completar, estudos da universidade de Stanford (+ duas outras) anunciaram o óbvio: estamos matando o planeta e entramos em processo de extinção. E a verdade é, amiguinhos, que eu ando tão descrente da humanidade que tenho certeza de que o processo é irreversível porque ninguém vai fazer porra nenhuma para mudar.<br />
<br />
Enquanto isso, raios e trovões lá fora. Mãe Natureza tá irritada também.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-25216365623109978102015-06-24T17:07:00.001+01:002015-06-24T17:07:16.207+01:00A lógica infantil<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Laura falava comigo e eu fazendo o que as mães fazem - cozinhando, jogando candy crush, sonhando com uma noite inteira de sono. Mal ouvia o que ela dizia, porque pra mim era mais um daqueles momentos dela tagarelando coisas sem sentido e sem parar. Até que meu ouvido registrou "como é que pode tanta gente morta assim?!" Já fui logo achando que ela viu alguma notícia de desastre aéreo na TV.<br />
<br />
- Do que você tá falando, minha filha?<br />
<br />
- Das pessoas mortas no mundo. O céu é cheio de estrelas!!! Milhões!<br />
<br />
- Ok... pausa pra digerir a informação. outra pausa pra aproveitar e contar que são bilhões e que tem muita gente viva também - 6 bilhões, por aí.<br />
<br />
<br />
Mãe tem que manter um caderninho de historinhas, né? Isso tudo começou em fevereiro do ano passado, quando expliquei que vovô Mário não estava mais conosco e ele tinha virado uma estrela lá no céu. Escolhi logo a mais brilhante pra facilitar (abafa que é Vênus) e a história de que quando morremos viramos estrela ficou.<br />
<br />
Pelo menos ela estava prestando atenção.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-17266377962462826312015-06-22T07:00:00.000+01:002015-06-22T07:00:01.857+01:00Terapia Craniosacral<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A pessoa deveria estar se desejando feliz aniversário, mas não, tá aqui postando sobre um troço completamente esquisito num post totalmente sem propósito.<br />
<br />
Então, feliz aniversário pra mim. Ganhei um ano, porque achava que estava fazendo 39, quando é na verdade 38. Não faz diferença, porque continuo encafifada com esse anos. Não vi o tempo passar e não me sinto com esse monte de anos nas costas. Juro que minha cabeça acha que tô com 28 (ou menos).<br />
<br />
Mas o corpo... olha, nem são os 20kg a mais não. Claro que eles contribuem, mas é tanta dor nas juntas que, caracoles, acho que tô com 69! E daí que eu achei que deveria fazer alguma coisa a respeito. Mas cadê tempo? Tempo pra me exercitar é depois das 22h, mas aí eu tô morta e com zero força de vontade. De manhã? Acordo às 6 normalmente, então teria que acordar às 5h e vixe, também vontade zero. Hora de almoço? Não tenho hora de almoço, porque saio cedo pra buscar as meninas. Marido companheiro e mãe parceira que ficam com as meninas pra eu poder cuidar de mim?! HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA<br />
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Enfim... voltando ao título. Eis que às 8 da manhã de sábado, marido ficar com as meninas (ele já ficava, mas eu dormia) pra fazer essa tal de terapia craniosacral. Alguém conhece? Parece piada o nome, né?<br />
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Fiz três sessões e não sei o que dizer. Eu sou meio blasé pra certas coisas, e ter alguém segurando minha cabeça e dizendo "hmmmmm, dá pra sentir que seu joelho tá travado" ou "é, seu lado direito tá bem traumatizado do seu primeiro parto" é meio demais pra minha cabeça. A moça cismou que minhas dores nos quadris são traumas do parto, como se meu corpo tivesse dizendo isso pra ela. Ok, pode até ser, né? Mas na minha cabeça, não é só isso. É o peso da idade, é o excesso de peso, são dois partos, carregar criança no colo, não fazer exercício há milênios, substituir o pouco que eu andava por carro, ficar o dia inteiro sentada na cadeira numa posição tosca, não ter a mínima consciência de postura, ser mega ansiosa, o acidente de carro há 10 anos, todos os outros problemas de bem antes disso... a questão é que adoro qualquer tipo de massagem, mesmo essa craniosacral, que não é bem massagem. E se a mulher tá me dizendo que o problema é X, vambora tratar dele. Mal não deve fazer, né? Ela trabalhou bastante as juntas dos quadris nas duas últimas sessões - eu estava com muita muita dor e tá dando uma melhorada. Fiz três sessões e faltam mais três. Ela não prometeu cura milagrosa, mas pelo que entendi, esse tratamento é o início do processo de "melhora". Quem quiser saber mais, <a href="http://www.institutokrion.com.br/terapia_craniosacral.html" target="_blank">achei esse site em português aqui</a>, que tem até videozinho. Confesso que o conceito era tão abstrato que, depois de ler em inglês, catei o site em português pra ver se eu tinha entendido mesmo a teoria do negócio. Quem for entendido do assunto e quiser deixar comentário, agradeço.</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-22716399.post-2528428169652309882015-06-21T22:02:00.000+01:002015-06-21T22:02:03.268+01:00Dá até pra fingir que tô sozinha<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Hoje a gente foi pruma feijuca na casa de amigos e as meninas se esbaldaram de brincar. Caçula nem tirou o cochilo da tarde. Conclusão: 7 da noite e tá tudo mundo dormindo. Menos eu. Tô aproveitando o silêncio e não ter que fazer social.<br />
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Como é que eu falo isso sem parecer que eu sou uma pessoa estranha? Não sei, então azar, colocarei o rótulo de estranha na testa e direi assim mesmo: eu sinto MUITA falta de ficar sozinha, sem ninguém por perto, nem marido, nem mãe, nem crianças. Quando digo sozinha, quero dizer sozinha mesmo, sem correr o risco de esbarrar com algum sonâmbulo no corredor.<br />
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Morei sozinha muitos anos e me acostumei tanto que, dez anos depois, ainda sinto falta do meu espaço. Tanta falta que às vezes me pego pensando no quão sortudas as pessoas divorciadas são, principalmente se elas dividem a guarda das crianças irmãmente. Pensar em ter 3 dias da semana só pra mim é como um sonho, e um final de semana inteirinho semana sim semana não? Nossa, fico até arrepiada!<br />
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Taí, não disse que soaria estranho?</div>
Chrishttp://www.blogger.com/profile/09778096339938262106noreply@blogger.com1