Thursday, March 06, 2014

Plano B, C, D...

Minha mais nova está correndo o risco de ficar sem creche. O nome dela está na lista de espera, mas só vamos saber se ela consegue vaga ou não lá pra abril. Plano B: Não temos um ainda. As opções (outras creches ou childminder) não me agradam ou estão fora do $limite$. :-( Plano C: Trazer a sogra pra ficar com a pequenina de junho a julho, quando sairmos de férias, e até lá torcer pra vaga sair. Plano D: Se a vaga não sair e uma creche boa não aparecer (com vaga), acho que abriria mão, temporariamente, de trabalhar, principalmente porque Laura começa na escola oficial em setembro. Plano E: Fugir pro Brasil com a família.

Desde que chegamos de viagem, estamos sofrendo com o frio. Sofrendo mesmo, de verdade, todo mundo doente. Laura é a pior, que além de antibiótico, está com dois inaladores e um comprimido de sei lá o que. Segundo a médica, "estamos" investigando para ver se ela é asmática como o pai (a mãe sempre teve muito bronquite na infância e adolescência). Beatrice, que tinha apenas um pouco de nariz escorrendo, passou a ter o nariz completamente entupido, a ponto de termos que usar soro para a menina conseguir mamar e dormir, teve um pouco de febre, começou a ter tosse e anda bem borocoxô. Minha mãe já saiu do Brasil mal e aqui piorou, mas felizmente ela já estava bem medicada e está voltando a melhorar. Eu tenho alergia ao frio, né? Então tô toda entupida (até os ouvidos), espirrando feito uma louca, estou parcialmente surda e tomando muito anti-alérgico. Torcendo para o tempo melhorar logo. Como dizem por aí, a temperatura está amena, mas sair de 30-35 graus para 10 (fez 7 no dia que chegamos) é um choque muito grande no sistema. Plano A: esperar o corpo re-acostumar e seguir reclamando. Plano B: Temos falado muito em nos mudar daqui, já que o clima da Inglaterra é um ponto muito negativo na nossa vida. O difícil é escolher onde. Miami? San Diego? Sydney? Plano C: Gastar uma fortuna para "esquentar" a casa. Ou nos mudar para um prédio com paredes muito grossas. Plano D: Fugir para o Brasil com a família.

A pessoa (eu) tem sorte, né? Ok, criar filhos sem família longe do seu país é difícil? É! Mas tem um monte de gente que o faz e faz bem. Ter dois filhos dá trabalho? Oxi, se dá, mais do que eu imaginava, mas tem gente que tem não dois, nem três, mas quatro, cinco filhos e dá conta do recado. Tá frio e o frio é uma merda? É, mas calor em excesso também é um inferno e não daria pra morar no calor de 45 graus do Rio de Janeiro, não. Mas tenho sorte de ter problemas administráveis cujas soluções muitas vezes estão ao nosso alcance (tá, nem sempre marido e eu concordamos, mas ainda assim...). A idéia de fugir para o Brasil é meio piada interna, mas confesso que acabaria com parte dos "meus" problemas, mas provavelmente criaria muitos problemas novos. :-/ 

Wednesday, March 05, 2014

Antes e Depois

Não há dúvidas de que a maternidade muda a gente. Zilhões de mães por aí juram que as mudanças são para melhor e que é a melhor experiência do mundo. Quanto a mim, digamos que não me arrependo.

Hoje estava pensando nessas mudanças. Se não vejamos:

Antes da maternidade, meus hobbies e paixões eram:
Ler - ir ao cinema - sair com amigos - namorar - viajar - caminhar perdida pelo "mundo" (leia-se Copacabana) - fazer massagem - ficar de molho dentro d'água (praia, cachoeira, piscina) - fazer trilhas - ouvir música e ir a shows - me aventurar em coisas novas, tipo aprender a patinar

Depois da maternidade, meus hobbies e paixões agora são:
Comer - dormir

Antes da maternidade, raramente eu:
arrumava a casa - cozinhava (não sabia nem fazer arroz) - lavava/passava roupas - assistia TV

Depois da maternidade, raramente eu:
fico sozinha - tenho a TV desligada - tenho tempo de cuidar da casa

Antes da maternidade, vivia:
fazendo dieta e efeito sanfona era uma constante na minha vida - trabalhando feito uma corna e gostando - fazendo planos para me aposentar aos 50 anos - sonhando com viagens fantásticas ao redor do mundo

Depois da maternidade, vivo:
planejando começar uma dieta, mas raramente perco muito peso (consegui sair de obesa para acima do peso) - trabalhando feito uma corna e odiando - fazendo planos para me aposentar aos 50 (mas secretamente rezando para que consiga aos 40) - sonhando com noites de sono ininterruptas

Como vocês podem ver, maternidade muda muita coisa sim.


Tuesday, March 04, 2014

Não conta pra ninguém

Acabei de devorar uma lata de leite condensado inteirinha e nem sei porque. Ansiedade, né? Mas sei lá porque.

Chegamos ontem e sofremos choque térmico. Não que esteja frio, mas está mais frio do que o inverno do Rio. Laura está doente, amanhã vou tentar levá-la ao médico e tenho quase certeza de que vem antibiotico por aí. Beatrice está com nariz escorrendo. Eu só estou muito cansada e com muito frio. E com um pouco de insônia (mas isso já estava nas férias também).

Recomeço a dieta semana que vem. Recomeço a vida semana que vem.

Saturday, March 01, 2014

Testamento no Reino Unido

Com a doença do meu pai, passei a ter muitos pesadelos envolvendo a minha morte. Deve ser normal, né? Coisas assim impressionam a gente mesmo. Daí que o lado prático começou a gritar na minha cabeça: e se você morrer mesmo? Amanhã?

Morte é uma coisa escrota, porque mexe com o emocional de quem fica e também dá um trabalho do cacete com inventário e afins. Ninguém pensa que vai morrer amanhã (só eu?!) e consequentemente a gente esquece das burocracias que a morte pode envolver.

Felizmente parece que a Inglaterra é menos complicada. Ou não. Andei pesquisando, mas ainda tenho que ler mais a respeito, e vi que preciso fazer um testamento, junto com o marido, para facilitar a vida de quem fica, no caso de algum acidente que nos tire a vida prematuramente.

Vejam vocês a situação. Se marido e eu formos dessa vida amanhã, a corte britânica é quem irá decidir quem ficará com as nossas filhas. Ainda não sei onde elas ficariam até que eles decidam o futuro das duas. Orfanato? Casa de família estranha? A vidinha delas será facilitada imensamente se nós dois deixarmos por escrito quem vamos querer que tomem conta delas. É assim no Brasil? Claro que se eu for e marido não (e vice-versa), o outro vai ficar com a guarda, né? Então é isso... na volta pra casa, além de ter que procurar uma outra creche para Beatrice ir em junho, tenho também que providenciar um testamento.

Foi mal o post fúnebre, mas só quem já passou por essa sacanagem de inventário sabe a dor de cabeça que é. Sem contar que é um troço caro!