Ja escrevi does posts enooooooooooormes e "profundos" que estao devidamente arquivados. Simplesmente porque eles me cansaram antes mesmo de terminar. Acho que por isso nao consigo estudar filosofia - no meio do caminho meu lado rebelde enche o saco e manda um "talk to the hand".
Eu sempre quis escrever sobre o bando de argumentos moralistas que esbarro pelo caminho virtual, do povo que prega o "isso eh o certo", "isso eh errado" com tanta veemencia que as vezes me faz rir. As pessoas esquecem da pobre da etica, que eh um conceito muito mais justo na hora de julgar pessoas e atitudes - ate porque ser ético nao eh julgar, eh entender, respeitar e aceitar atitudes moralmente erradas mas que na verdade nao prejudicam a ninguém, muito pelo contrario), eh mostrar que o que pode ser considerado moralmente correto, muitas vezes eh eticamente incorreto, simplesmente pelos danos - físicos, emocionais - que causam ao indivíduo ou coletivo. E daih que assim, num parágrafo simples, me parece claro, simples, ok de ler. Mas num post de duzentos parágrafos me deixou irritada. Porque as vezes me irrito quando tento filosofar sobre algo e no fundo acabo soando como uma das pessoas chatas que quer porque quer provar um ponto de vista. Detesto ter a consciência de que estou tentando converter pessoas.
Um exemplo bobo eh uma discussao sobre alimentacao infantil que rendeu muitas opinioes fervorosas - e contrarias - a uma revista que defendia as papinhas prontas. Eu condeno as papinhas prontas, abaixo as papinhas prontas, papinhas prontas pros nossos filhos, nao! Mas eu dei muita papinha pronta pra minha filha. Hipocrita - pode apontar o dedo que eu nao ligo, sou a primeira! Ate tento me justificar - eu nao conseguia entender como as comidas que as midwives e health visitors me ensinavam a fazer (um alimento de cada vez, cozidos no vapor, sem sal sem alho sem tempero, congelados no cubinho de gelo) poderiam agradar minha filha e faze-la engordar, ser feliz e saudavel. Ate porque eu nao comia um pentelhezimo das comidas que tinha que preparar pra ela. E claro que no processo de introducao de alimentos, a menina meio que nao gostava de quase nada de que era oferecido. Nem cenoura, nem abobora, as coisas mais docinhas que todas as criancas curtem. Taca potinho nela. Ninguem me falou que tudo bem se a criança nao quer comer direito aos 6, 7 ou 8 meses. Eh natural, eh um processo de descoberta. Alias, minto: sabe quem me deu esta aula de "relaxa, dona mae, que ate os 12 meses seu filho esta bem nutrido com o leite, que ainda eh o principal alimento do pequeno. vai com feh e com calma que um dia voce chega lah"? O Clube da Pampers!!! Da fralda descartavel que faz mal pro mundo! Foram eles que me disseram tambem que tudo bem a crianca uma semana amar brocolis, na outra odiar. Que eh assim mesmo, as criancas estao se descobrindo. E sabe porque eu ouvi a Pampers? Porque eles me contaram isso num paragrafo. E nao num livro de trocentas paginas, chato pra cacete, cheio de "nos sabemos, nos fazemos, nos acontecemos, sigam essas regras que nao tem erro". Tem erro sim, muitos erros! Criar uma crianca eh um jogo de tentativa e erro. E ok se voce tentar dar uma papinha de potinho aqui e e outra ali, mas aqui vai uma coisa que eu aprendi nessa vida: a papinha da Nestle que vende no Brasil eh salgada pra cacete. Como assim tem sodio reduzido? Aquilo nao pode fazer bem. Nao estou defendendo as papinhas inglesas, nao, mas quem ja provou sabe que aquele troco - ruim toda vida - eh em sua maioria um bando de legume triturado sem absolutamente tempero nenhum. Sem graca e sem gosto como legume tem que ser.
Ok, nao eh soh no lado da maternidade que esse papo de filosofia-caga-regra me irrita nao. Num outro post eu questionava o porque de a vida ter ficado tao complicada de ser vivida quando podemos ser felizes com tao pouco. No meio do post eu cansei e pensei: dane-se, ne? Se nego soh sabe ser feliz se tiver carro do ano, o que eu posso fazer? Me incomoda? Sinto inveja? E sera que se eu tivesse carro do ano todo ano - e mais um monte de outras banalidades que todo mundo acha banal, mas nao seria nada mal ter de vez em quando - eu provavelmente nao teria tempo de filosofar tanto e esqueceria desse assunto de vez? Nao sei se voce jah comprou carro, mas putz, como eh um troco que toma tempo. Porque nao eh soh a marca que vai te transformar na pessoa mais bonita, mais poderosa, mais feliz do mundo, tem varios outros detalhes a se considerar tambem - alem dos cosmeticos: cor, acessórios, tem tipo de combustivel (se voce nao eh podre rico, talvez queira um carro um pouco mais economico, talvez um a diesel que eh mais barato), potencia, tamanho (pra familia grande, importantissimo), preco do seguro, etc. Sei que marido gastou varios meses pra comprar um carro usado, 2007! Meses! Cara, eu compro um sapato em minutos, sem nem experimentar. Acho que por isso nunca tive carro no Brasil, nunca me fez falta. E acho que nao teria carro se nao fosse a pressao da "familia". Mas duvido que nos meses que marido estava se dedicando a comprar o "melhor" carro, ele tenha pensado se estava feliz ou nao, se aquele bem material estava acrescentando algo a vida espiritual dele ou nao. E sei que o post aposentando falava de tudo um pouco, incluindo consumo consciente, outro tema que da assunto pra manga. E outro assunto que me cansa quando comeco a elaborar muito.
O que eu sei eh que eu bem queria que o mundo fosse perfeitinho e que nao precisasse gastar meus neuronios com esses debates que me cansam mais do que me iluminam (se o post nao chega nem a ser publicado, se a autora nem termina, eh meio inutil, ne?). Nao nasci para filosofa, nao nasci para transformar o mundo. Mas tambem nao curto escrever post sobre diferentes penteados para cabelos compridos - PORQUE NEM ESPELHO EM CASA EU TENHO!
Eu sempre quis escrever sobre o bando de argumentos moralistas que esbarro pelo caminho virtual, do povo que prega o "isso eh o certo", "isso eh errado" com tanta veemencia que as vezes me faz rir. As pessoas esquecem da pobre da etica, que eh um conceito muito mais justo na hora de julgar pessoas e atitudes - ate porque ser ético nao eh julgar, eh entender, respeitar e aceitar atitudes moralmente erradas mas que na verdade nao prejudicam a ninguém, muito pelo contrario), eh mostrar que o que pode ser considerado moralmente correto, muitas vezes eh eticamente incorreto, simplesmente pelos danos - físicos, emocionais - que causam ao indivíduo ou coletivo. E daih que assim, num parágrafo simples, me parece claro, simples, ok de ler. Mas num post de duzentos parágrafos me deixou irritada. Porque as vezes me irrito quando tento filosofar sobre algo e no fundo acabo soando como uma das pessoas chatas que quer porque quer provar um ponto de vista. Detesto ter a consciência de que estou tentando converter pessoas.
Um exemplo bobo eh uma discussao sobre alimentacao infantil que rendeu muitas opinioes fervorosas - e contrarias - a uma revista que defendia as papinhas prontas. Eu condeno as papinhas prontas, abaixo as papinhas prontas, papinhas prontas pros nossos filhos, nao! Mas eu dei muita papinha pronta pra minha filha. Hipocrita - pode apontar o dedo que eu nao ligo, sou a primeira! Ate tento me justificar - eu nao conseguia entender como as comidas que as midwives e health visitors me ensinavam a fazer (um alimento de cada vez, cozidos no vapor, sem sal sem alho sem tempero, congelados no cubinho de gelo) poderiam agradar minha filha e faze-la engordar, ser feliz e saudavel. Ate porque eu nao comia um pentelhezimo das comidas que tinha que preparar pra ela. E claro que no processo de introducao de alimentos, a menina meio que nao gostava de quase nada de que era oferecido. Nem cenoura, nem abobora, as coisas mais docinhas que todas as criancas curtem. Taca potinho nela. Ninguem me falou que tudo bem se a criança nao quer comer direito aos 6, 7 ou 8 meses. Eh natural, eh um processo de descoberta. Alias, minto: sabe quem me deu esta aula de "relaxa, dona mae, que ate os 12 meses seu filho esta bem nutrido com o leite, que ainda eh o principal alimento do pequeno. vai com feh e com calma que um dia voce chega lah"? O Clube da Pampers!!! Da fralda descartavel que faz mal pro mundo! Foram eles que me disseram tambem que tudo bem a crianca uma semana amar brocolis, na outra odiar. Que eh assim mesmo, as criancas estao se descobrindo. E sabe porque eu ouvi a Pampers? Porque eles me contaram isso num paragrafo. E nao num livro de trocentas paginas, chato pra cacete, cheio de "nos sabemos, nos fazemos, nos acontecemos, sigam essas regras que nao tem erro". Tem erro sim, muitos erros! Criar uma crianca eh um jogo de tentativa e erro. E ok se voce tentar dar uma papinha de potinho aqui e e outra ali, mas aqui vai uma coisa que eu aprendi nessa vida: a papinha da Nestle que vende no Brasil eh salgada pra cacete. Como assim tem sodio reduzido? Aquilo nao pode fazer bem. Nao estou defendendo as papinhas inglesas, nao, mas quem ja provou sabe que aquele troco - ruim toda vida - eh em sua maioria um bando de legume triturado sem absolutamente tempero nenhum. Sem graca e sem gosto como legume tem que ser.
Ok, nao eh soh no lado da maternidade que esse papo de filosofia-caga-regra me irrita nao. Num outro post eu questionava o porque de a vida ter ficado tao complicada de ser vivida quando podemos ser felizes com tao pouco. No meio do post eu cansei e pensei: dane-se, ne? Se nego soh sabe ser feliz se tiver carro do ano, o que eu posso fazer? Me incomoda? Sinto inveja? E sera que se eu tivesse carro do ano todo ano - e mais um monte de outras banalidades que todo mundo acha banal, mas nao seria nada mal ter de vez em quando - eu provavelmente nao teria tempo de filosofar tanto e esqueceria desse assunto de vez? Nao sei se voce jah comprou carro, mas putz, como eh um troco que toma tempo. Porque nao eh soh a marca que vai te transformar na pessoa mais bonita, mais poderosa, mais feliz do mundo, tem varios outros detalhes a se considerar tambem - alem dos cosmeticos: cor, acessórios, tem tipo de combustivel (se voce nao eh podre rico, talvez queira um carro um pouco mais economico, talvez um a diesel que eh mais barato), potencia, tamanho (pra familia grande, importantissimo), preco do seguro, etc. Sei que marido gastou varios meses pra comprar um carro usado, 2007! Meses! Cara, eu compro um sapato em minutos, sem nem experimentar. Acho que por isso nunca tive carro no Brasil, nunca me fez falta. E acho que nao teria carro se nao fosse a pressao da "familia". Mas duvido que nos meses que marido estava se dedicando a comprar o "melhor" carro, ele tenha pensado se estava feliz ou nao, se aquele bem material estava acrescentando algo a vida espiritual dele ou nao. E sei que o post aposentando falava de tudo um pouco, incluindo consumo consciente, outro tema que da assunto pra manga. E outro assunto que me cansa quando comeco a elaborar muito.
O que eu sei eh que eu bem queria que o mundo fosse perfeitinho e que nao precisasse gastar meus neuronios com esses debates que me cansam mais do que me iluminam (se o post nao chega nem a ser publicado, se a autora nem termina, eh meio inutil, ne?). Nao nasci para filosofa, nao nasci para transformar o mundo. Mas tambem nao curto escrever post sobre diferentes penteados para cabelos compridos - PORQUE NEM ESPELHO EM CASA EU TENHO!